A Assembleia Municipal de Caminha deu luz verde à Câmara Municipal para a contracção de um empréstimo, a curto prazo, até 1 milhão de euros.
A discussão deste ponto da ordem de trabalhos foi acesa, com os deputados do PS a defenderem o pedido do executivo socialista, e os do PSD a atacarem a decisão.
Rui Lages, do Partido Socialista, justificou este empréstimo com a necessidade de a Câmara liderada pelo PS ter de fazer frente às condenações nos vários processos judiciais espoletados pelo anterior executivo do PSD.
A CDU, pela voz do deputado Celestino Ribeiro, mostrou reservas e prometeu fiscalizar a aplicação do empréstimo pedido pela Câmara.
A deputada do PSD, Júlia Paula, anterior presidente da Câmara, tentou demonstrar que o facto de a autarquia ter vários processos em tribunal não é nada de novo no panorama autárquico do país.
A ex-presidente da Câmara de Caminha defende não ter deixado a autarquia com a dívida que o actual executivo socialista comunica e aponta o dedo à gestão do PS, que num ano gastou 50 mil euros numa assessoria de marketing e comunicação.
O presidente da Câmara, Miguel Alves, acusou Júlia Paula de tentar fugir ao essencial que é ter de pagar 1 milhão de euros em condenações em tribunal.
O presidente da Câmara justificou as assessorias, explicando que custam menos aos cofres da autarquia do aquelas que era contratadas pelo PSD.
