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Arcos de Valdevez: Sons de Vez, o primeiro festival de música do ano, está de volta

O Sons de Vez está de volta à Casa das Artes de Arcos de Valdevez todos os sábados, de 3 de fevereiro a 23 de março, com o melhor do que se faz na música portuguesa da atualidade, numa iniciativa do Município arcuense.

The Legendary Tigerman, Manel Cruz, Salvador Sobral, AGIR e Tiago Nacarato são apenas alguns dos 13 nomes que compõem o cartaz daquele que é o primeiro festival do ano.

“Nos vinte e dois anos do Sons de Vez foram múltiplas as emoções e celebrações da melhor música nacional, tendo o Festival recebido mais de duas centenas de projetos. Este ano reforçamos com mais treze nomes, distribuídos pelas habituais oito datas/noites”, conta Nuno Soares, Diretor do Festival.

Para o Presidente da Autarquia Arcuense João Manuel Esteves “o Sons do Vez é uma referência no Panorama Musical Nacional e que traz notoriedade e dinamiza a cultura e a economia de Arcos de Valdevez.”

O festival arranca no primeiro sábado de fevereiro ao som dos sintetizadores e guitarras de The Legendary Tigerman. Com um repertório com mais de cinco discos lançados, a máquina do rock edita em 2023 o seu último álbum “ZEITGEIST”, onde géneros como o Blues, o Rock ou o Punk o acompanham em densas paisagens sonoras.

A 10 de fevereiro, entramos numa viagem até às sonoridades do passado. Budda Power Blues é a mais consagrada e respeitada banda de Blues nacional. Celebram 20 anos, 12 álbuns editados e trazem o mais recente álbum “Collective”, onde o trio passa as exteto, com a participação de João Andressen (harmónica), João Martins (saxofone) e Rui Pedro Silva (trompete). Na mesma noite sobem ainda ao palco os TT Syndicate que em 2024 estreiam o seu 5º álbum, com notas de uma Soul suja e visceral, passando pelo Rock’n’Roll incisivo, ou pelo Popcorn, ao melhor estilo crooner, até aos sofisticados Rhythm & Blues.

No sábado seguinte, a 17 de fevereiro, a genialidade de uma das personalidades de culto do rock português chega ao Sons de Vez. Depois de um hiato criativo, Manel Cruz, a voz única de bandas como Ornatos Violeta, Foge Foge Bandido, Pluto e Supernada, está de volta aos palcos com novas canções. Siricaia junta-se ao cartaz no mesmo dia, numa mistura de ingredientes de diversas latitudes. Dos ritmos tradicionais portugueses até ao jungle swing, através de guitarras elétricas travestidas de cavaquinho, as raízes da música do passado mesclam-se com as sonoridades contemporâneas.

A última proposta do mês mais curto do ano vem com energia a dobrar. Precursores da música industrial em Portugal, os Bizarra Locomotiva celebraram três décadas em2023 com “Volutabro”, um disco intenso e opressivo, que explora um mundo em mudança para pior, mas que reflete a vitalidade e criatividade contínuas desta banda de culto. Seguem-se os NO! ON, um duo explosivo que usa a música eletrónica, as percussões e as guitarras sónicas como instrumentos, abrangendo as sonoridades mais industriais e experimentais.

Entramos em março com um dos artistas mais respeitados da sua geração. AGIR traz o seu mais recente “Cantar Carneiros”, um álbum que abandona o lado mais eletrónico do artista, dando um novo rumo à sua carreira, mais acústico, onde a palavra é a base da sua composição. Este é também o mote para o seu espetáculo, agora mais intimista, numa abordagem espartana sem disfarces, nem truques, com a assunção das pequenas falhas, que são verdadeiras e humanas.

A 9 de Março, a Casa das Artes de Arcos de Valdevez fica a cargo de um dos “Timbre” (s) mais característicos de Portugal, o de Salvador Sobral. Este é também o nome do novo álbum do artista editado em 2023 que será apresentado no palco do festival. Com uma carreira reconhecida e aclamada pela imprensa nacional e internacional, Salvador Sobral conta com 3 álbuns editados, um EP e múltiplos singles que fazem história desde a sua vitória no Festival da Canção, em 2017, com o tema “Amar pelos Dois”.

A 16 de Março há dose dupla de concertos. A atuação dos Albaluna combina a música e a poesia e inspira-se nas culturas ancestrais das Rotas da Seda e do Mar Mediterrâneo, juntamente com elementos contemporâneos do rock progressivo. Com cinco álbuns na sua discografia, a banda acumulou um vasto currículo nacional einternacional, atuando em diversos países pelo mundo. Junta-se ainda em palco ZecaMedeiros, um músico, compositor, ator e realizador com obras que já fazem parte da memória coletiva nacional. Uma referência no cinema e na televisão nacional, o cantautor regressa aos discos originais com “A Dúvida Soberana” em 2021, com colaborações de talentosos instrumentistas e vozes do panorama musical português.

Para fechar esta edição, Tiago Nacarato apresenta “Peito Aberto”, o seu segundo álbum de originais, editado em 2022. Inspirado em sonoridades das culturas latinas e africanas, com um toque de música do mundo, é na poesia focada no quotidiano do artista e no que observa da situação económica e política do mundo, que este álbum se traduz num “espaço” de tempo cheio de surpresas. E ainda o projeto Vocal Gym Mar, um conceito de ensino informal da música e da voz aberto à comunidade, criado por Mariangela Demurtas, que se materializa agora em palco.

Para além de todos os inesquecíveis concertos e, conforme vem acontecendo todos os anos, há ainda no Foyer do Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez uma exposição fotográfica com a compilação dos momentos mais marcantes da edição anterior. As fotografias são da autoria de Miguel Lobo e Marta Alves.

Os bilhetes para a 22ª Edição do Festival Sons de Vez ficam disponíveis para compra, como sempre, na semana de cada espetáculo, via telefone, pelo número da Casa das Artes 258 520 520.

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