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País: PS deixa de ser principal força autárquica, mas trava erosão eleitoral

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O PS deixou de ser a principal força autárquica em Portugal, lugar que ocupava desde 2013, apesar de ter conseguido quase duplicar o número de capitais de distrito e ter travado a erosão eleitoral depois da hecatombe das legislativas.

Nas primeiras eleições da era de José Luís Carneiro como secretário-geral, o PS chegou à disputa autárquica como o partido com mais autarquias em Portugal, mas muito fragilizado pela pesada derrota nas eleições legislativas que o fizeram cair para terceira força política no parlamento.

O líder do PS destacou o facto de ter travado a “erosão eleitoral” que muitos vaticinavam, mas falhou objetivos eleitorais que tinha traçado como conseguir mais câmaras, perdendo assim a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses que era do partido desde 2013, então conquistada durante a liderança de António José Seguro.

O PS voltou a perder as câmaras de Lisboa e do Porto. Alexandra Leitão não conseguiu tirar a autarquia ao recandidato Carlos Moedas, em Lisboa, e Manuel Pizarro, pela terceira vez, falhou a conquista do lugar vago deixado por Rui Moreira na câmara do Porto.

Pelas contas do partido, e ainda sem os números todos fechados, o PS ficará com menos de 130 câmaras, o que representa uma perda de cerca de duas dezenas de presidências socialistas, uma vez que em 2021 tinham conseguido 149, uma delas em coligação, na altura liderado pelo ex-primeiro-ministro António Costa.

No entanto, o secretário-geral do PS alcançou a meta traçada de aumentar a liderança dos socialistas em capitais de distrito, que à chegada para estas eleições eram apenas cinco.

Destas cinco, o PS perdeu esta noite Beja e manteve Castelo Branco, Leiria, Viana do Castelo e Vila Real, às quais se juntam agora as conquistas de Évora, Faro, Coimbra, Bragança e Viseu.

Estas cinco vitórias tinham sido objetivos traçados durante a intensa campanha de José Luís Carneiro, que foi a comícios e ações de campanha em todas elas.

Com os números provisórios quando faltam três freguesias por apurar, o PS perde 119 mandatos e cerca de 140 mil votos em relação a 2021.

O PS ficou sem a Câmara de Sintra e a de Vila Nova de Gaia, duas autarquias com muita população.

No registo das perdas, destaque ainda para três dos nove bastiões que eram PS desde as eleições de 1976 e que agora saem das mãos dos socialistas: Condeixa-a-Nova, Lourinhã e Torres Vedras.

Nestas eleições, segundo os dados disponibilizados pelo partido, o PS concorreu em 306 dos 308 municípios (apenas não se apresentou em Vizela e em Santana), a esmagadora maioria em listas sozinho.

Exceção às candidaturas que apresenta sozinho é o caso das 13 coligações que o PS lidera às câmaras municipais – como é exemplo Lisboa, Sintra, Braga ou Coimbra – e o apoio a oito grupos de cidadãos eleitores.

Quando o país foi às urnas para as últimas autárquicas, em 2021, a situação do PS era bastante diferente já que, então liderado por António Costa, estava no Governo. Venceu essas eleições, tendo então conquistado 149 câmaras (uma delas em coligação com o Livre), 1.285 presidências de junta de freguesia e 163 lideranças de assembleias municipais.

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