A Câmara Municipal de Caminha aprovou, com os votos contra da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), uma proposta que prevê a transferência para as juntas de freguesia do concelho, em 2025, de cerca de 360 mil euros. Para o chefe do executivo trata-se da “maior transferência de sempre feita para as freguesias”. Já segundo a oposição a Câmara deveria “dar o dobro”.
Para a oposição, o valor que a Câmara vai distribuir pelas 14 freguesias do concelho “é manifestamente insuficiente” e deu como exemplo a freguesia de Vile que apenas vai receber 12 mil e 800 euros. Liliana Silva perguntou ao presidente da Câmara o que é que Vile vai conseguir fazer com esta verba? “Uma verba que representa menos do que aquilo que a Câmara pagou pelo BMW que só vai servir o presidente da Câmara”.
Liliana Silva defendeu um outro tipo de trabalho entre a Câmara e as Juntas de Freguesia, por forma a que estas não tenham uma dependência tão grande. A eleita disse ainda que ter assistido a muitas assembleias de freguesia, o que lhe permitiu constatar que é unânime entre os presidentes de junta que as verbas atribuídas pela Câmara não são suficientes.
Posta à votação, a proposta acabaria por ser aprovada com 4 votos a favor e 3 contra.
Em declaração de voto que a seguir se reproduz, Idalina Fernandes da OCP explica as razões que levaram a votar contra esta proposta apresentada pela Câmara.
Rui Lages também apresentou a sua declaração de voto, justificando o voto favorável com a majoração das verbas a transferir.