Um “balão de oxigénio”. É desta forma que os presidentes das direcções dos bombeiros voluntários de Caminha e de Vila Praia de Âncora classificam os protocolos que esta manhã estabeleceram com a Câmara Municipal. A autarquia, consciente das dificuldades financeiras que aquelas associações de voluntários enfrentam, e para evitar que fechem as portas no momento em que o município delas mais precisa, decidiu apoiar a sua actividade.
Em declarações à Rádio Caminha, o vereador responsável pelo pelouro da Protecção Civil, Guilherme Lagido, explicou as linhas mestras destes protocolos que, a partir de hoje, vão permitir à autarquia apoiar a actividades das corporações locais de bombeiros.
Uma ajuda bem-vinda, mas que não serve para cobrir todas a actividades dos bombeiros voluntários, como faz questão de sublinhar a presidente da Associação de Vila Praia de Âncora, Laurinda Araújo.
O presidente da direcção dos voluntários de Caminha, José Casimiro Lages, dá um exemplo da difícil gestão financeira com que os bombeiros se debatem.
Cabe também à comunidade local “decidir se quer ter corporações de bombeiros voluntários”. É desta forma que a presidente dos bombeiros de Vila Praia de Âncora põe a situação. Laurinda Araújo lembra que, depois de o Governo ter liberalizado o transporte de doentes não urgentes, os voluntários perderam a sua principal fonte de receita e cabe agora à população ajudar à sobrevivência daquelas entidades, que trabalham graças à ajuda de voluntários assegurando a prestação de socorro a populações distantes dos centros urbanos. E a ajuda poderá simplesmente passar pelo pagamento da quota anual de associado de 15 euros.