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Quinta-feira, 1 Maio, 2025
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InícioOpiniãoUm Caminho para Caminha: Organização Municipal - Política da Qualidade

Um Caminho para Caminha: Organização Municipal – Política da Qualidade

“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”

António Machado Ruiz, Cantares

 

Um Caminho para Caminha
7. Organização Municipal
b) Política da Qualidade

A Câmara Municipal de Caminha é uma entidade que emprega 369 pessoas (segundo o mapa de pessoal de 2025), tem ativos superiores a 30 milhões de Euros e Receitas superiores a 23 Milhões de Euros.

É responsabilidade da Câmara Municipal a propriedade e/ou gestão de infraestruturas essenciais para a vida dos cidadãos, a gestão de serviços críticos para a vida de crianças, adultos e seniores.

Tem por isso a Câmara Municipal, muito mais responsabilidades e obrigações que qualquer empresa da mesma dimensão sendo que no Concelho de Caminha não existe nenhuma que sequer se aproxime deste grau de intervenção na sociedade e na vida das pessoas.

A pergunta que se impõe é: como se planeia, organiza, gere e controla um barco desta dimensão, apenas com base no cumprimento das obrigações legais e muitas vezes nem estas, e na abnegação e melhor vontade dos funcionários?

– A resposta é simples: navega-se à vista e vai-se improvisando consoante os problemas aparecem. Como pode haver uma Política da Qualidade se não há Qualidade na Política?

Em termos financeiros e contabilísticos sabemos como nem a lei é cumprida, ao não ter implementada a contabilidade de gestão, ao fim de 5 anos dessa obrigação, até o Revisor Oficial de Contas já desistiu de os lembrar, afinal a AM aprova tudo sem pestenejar.

Como esperar então alguma noção básica que seja, em termos de Sistema Integrado de Gestão visando implementar e cumprir uma Política da Qualidade adequada à atividade, a servir os “clientes/cidadãos” e a garantir a sua sustentabilidade futura?

Qualquer que seja o executivo responsável por gerir os destinos do Município a partir de Outubro, tem de ter nos seus planos criar um Sistema de Gestão da Qualidade Integrado, que inclua a implementação dos processos e procedimentos de forma a obter a certificação pelas seguintes normas, ao longo de 1 mandato de 4 anos:

  1. ISO 9001 – QUALIDADE
  2. iso 14001 – AMbiente
  3. ISO 45001 – SEGURANÇA E SAÚDE
  4. ISO 50001 – GESTÃO DE ENERGIA
  5. SA 8000 – RESPONSABILIDADE SOCIAL
  6. NORMA PORTUGUESA 4552:2022 -RECURSOS HUMANOS

Certificações não são bandeiras que se compram ou prémios só de concorrentes pagantes. A certificação é o resultado de um processo que pelo simples facto de se realizar já representa um salto na qualidade da organização, nos serviços que presta e na motivação dos seus funcionários.

Ao terem Implementados e Certificados Sistema de Gestão da Qualidade, serão tontos os autarcas de Valença (PS), Matosinhos (PS) ou de Cascais (PSD)? Os inteligentes que (des)governam Caminha há 12 anos, carreiristas políticos desde o berço, é que sabem?

Carlos Novais de Araújo
30 de Abril de 2025

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