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Caminha Municipality

Um Caminho para Caminha: Município de Caminha e Relações Internacionais – Conhecer e Reconhecer a Diáspora Caminhense

Data:

“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”

António Machado Ruiz, Cantares

Um Caminho para Caminha
11. Município de Caminha e Relações Internacionais
c. Conhecer e Reconhecer a Diáspora Caminhense

Dedicado à minha neta Leonor que hoje faz 5 meses

Esta é a conclusão desta série Um Caminho para Caminha, na qual ao longo dos últimos 9 meses tentamos contribuir para que os Caminhenses pensem o que realmente querem para o seu Concelho, bem informados e com base em dados objetivos.

Nesse sentido, não é coincidência que esta última peça seja dedicada à Diáspora Caminhense. Porque Caminha sempre foi melhor a receber visitantes e turistas à cata das suas relações e da sua carteira, do que a acarinhar, promover e apoiar os seus naturais que por isso, partem para não mais voltar ou voltar apenas de visita.

Na Câmara Municipal de Caminha, não há qualquer base de dados, quanto mais qualquer acompanhamento sistemático de quem são, o que fazem e por onde estão, os mais de 2.500 cidadãos que residem pelo mundo todo e nasceram e se criaram em Caminha entre 1957 e 2007 e depois partiram, e que hoje têm, portanto, entre 18 e 68 anos.

Vou só dar um exemplo, pelo relevo institucional das funções que detém e porque se enquadram exatamente nesta temática da Diáspora: António Calçada de Sá – Conselho da Diáspora Portuguesa.

Caminha tem um seu natural e com raízes e ligações no Concelho, como Presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa. Este senhor é Comendador, é Diretor de topo duma das maiores Empresas de Energia do Mundo e Caminha, nem as chaves da vila lhe deu.

Nos últimos 12 anos a Câmara Municipal de Caminha não foi capaz de organizar nem que fosse uma sessão e Um Copo, um Filme ou um Livro, sobre este tema. Ficam-se pelas relações pessoais dos bastidores, das negociatas e do tráfico de influências.

Por isso, lanço o desafio aos pacientes leitores destas peças, por favor nos comentários indiquem nomes, referências de cidadãos naturais de Caminha e que sabem espalhados pelo Mundo. Vamos nós fazer o trabalho que a Câmara não faz.

Poderemos assim em conjunto ajudar aquele que for o novo executivo camarário a partir de setembro a fazer também nesta área um trabalho sério, planeado e organizado e com ele contribuir para a evolução do Concelho de Caminha, a promoção das suas gentes e a atração de investimentos produtivos sérios.

Termino esta peça, esta série, e os meus escritos regulares neste meio de Comunicação, agradecendo a oportunidade e a liberdade, ao Jornal C O Caminhense, aos seus proprietários, à sua Diretora Dra Elsa Cepa, à sua equipa, à Cidália e ao Rui; por estes quase 4 anos e mais de 120 intervenções cívicas, com as quais lhes perturbei as edições e as paginações.

Aos leitores, se alguma semente de pensamento crítico ficou já valeu a pena, muito obrigado pelos comentários, críticas e correções àqueles que o fizeram com elevação e respeito.

Carlos Novais de Araújo
26 de Junho de 2025

Carlos Araújo
Carlos Araújo
Economista

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