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Sábado, 19 Abril, 2025
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InícioOpiniãoUm Caminho para Caminha - Criação de Infraestruturas

Um Caminho para Caminha – Criação de Infraestruturas

“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”

António Machado Ruiz, Cantares

Um Caminho para Caminha

2. Como Atrair Investimento

a. Criação de Infraestruturas;

área Empresarial âncora
Parque Empresarial da Gelfa

Nos últimos 11 anos, a Câmara Municipal de Caminha deixou degradar o parque empresarial da Gelfa, não acautelou no PDM futuras zonas industriais, inventou uma Incubadora para atrair moscas e meteu-se num imbróglio legal, administrativo e financeiro com o prof. Doutor engenheiro maravilhas Moutinho que lesou o município em 300 mil euros + IVA mas isso sim, esse senhor comprou uns terrenos lá para Argela/Vilar de Mouros, talvez para um dia concessionar ao tal de Burger King.

Para atrair Investimento é preciso planear e criar infraestruturas físicas e reais. É preciso definir no PDM Zonas Industriais, lotear, infraestruturar acessos e redes e definir uma política de preços, arrendamento e concessão atrativa.

Hoje, criar e infraestruturar uma zona industrial é muito mais do que dar uns terrenos e fazer uns arruamentos. É preciso infraestruturas para energias limpas, infraestruturas para tratamento de efluentes, infraestruturas para redes de comunicações de dados de alta velocidade e fiabilidade.

Mais, com a concorrência dos Concelhos vizinhos é preciso um estudo estratégico para definir o posicionamento dessa oferta de infraestruturas aos investidores. Haverá alguém na Câmara Municipal com experiência empresarial e mundo para levar a cabo uma tarefa desta envergadura?

Será com avenças à CEVAL e outras associações que tais, que Caminha cria as infraestruturas necessárias para atrair alguns Investimentos relevantes na criação de emprego, receitas fiscais e dinamização da economia local?

Uma infraestrutura industrial para atrair investimento em Caminha, tem de assentar naquilo que distingue Caminha dos Concelhos limítrofes: 2 rios e o mar. Muita Água Doce e muita Água Salgada. Uma bacia do Coura e do Minho, com marés únicas, e com condições únicas para Investimentos na exploração das riquezas que as águas criam e guardam.

Caminha precisa de infraestruturar uma zona para Investimentos piscícolas e aquícolas, amigos do ambiente e da natureza, porque dela vivem. Precisa infraestruturar essas zonas na Bacia do Coura entre Vilar de Mouros/Argela e a ponte rodoviária.

Precisa Infraestruturar uma parte da Costa rochosa entre Vila Praia de Âncora e Moledo e concessionar essas zonas para atividades piscícolas e aquícolas de valor acrescentado e que preservem o ecossistema.

Precisa cancelar a Concessão da Ínsua e fazer desta um Centro de Investigação Marinho, Observatório do Impacto das eólicas na fauna e flora da Costa entre Viana e a Foz do Minho.

As Eólicas Marinhas virão mais ano menos ano, Caminha não tem poder para as impedir, até porque não estão sequer nas águas territoriais em frente às costas do Concelho. Assim sendo, porque não aproveitar e perceber que infraestruturas podem atrair investimentos conexos para o Concelho?

Proteger e preservar não é ir deixando construir estruturas agora provisórias, depois permanentes, facto consumado. Proteger e preservar requer liderança e iniciativa. Candeia que vai à frente, alumia duas vezes.

Carlos Novais de Araújo
31 de Outubro de 2024

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