O PSD acusa o autarca de Caminha de plagiar a ideia de candidatura do Rio Minho a Património Cultural Imaterial da Unesco. Em comunicado, a concelhia laranja diz que a ideia inicial foi lançada pelo professor Flamiano Martins.
Eis o comunicado:
“O presidente da Câmara Municipal de Caminha, veio a semana passada, trazer a público o resultado de uma reunião com o alcaide de La Guardia e que consiste na intenção de candidatar o Estuário do Minho, a Paisagem Cultural da Unesco.
O Rio Minho apresenta um potencial, em toda a sua margem, que é reconhecido por todos. Caminha beneficia com a paisagem maravilhosa do Estuário do Minho, mas considerar só esta parte como património natural é tomar a parte pelo todo, desvalorizando todo o potencial do Rio.
Sobretudo é não ter estratégia nem AMBIÇÃO!
O Rio Minho, a sua candidatura a Património Cultural imaterial da Unesco e o envolvimento de todos os autarcas, de Espanha e Portugal de ambas as margens do Rio Minho era uma das fortes apostas do programa eleitoral do PSD e de Flamiano Martins, tendo para tal o então vereador, iniciado inclusive os contatos, procedimentos e convites e contado com a anuência formal das Câmaras Municipais de V.N. Cerveira e Melgaço, que chegaram a designar técnicos para o acompanhamento deste grande projeto.
Foi feito e desenvolvido um Plano Estratégico que consubstanciou toda a ação e foram ainda feitos vários convites a diversos parceiros e entidades deste território, de acordo com a estratégia delineada!
Esta medida foi anunciada pelo vereador e candidato na altura, Flamiano Martins na sequência de uma visão clara, abrangente envolvendo todos os parceiros do Rio Minho como um todo e alicerçada na força deste património de valor incalculável para o Alto Minho!
Esta candidatura à semelhança de tudo o que faz por ímpetos e sem qualquer ideia do que pretende para Caminha, surge tirada a saca rolhas, numa altura em que a vereadora da Acção Social e Educação se demite por não ter condições nem meios para trabalhar e porque os pescadores de Caminha têm revelado um enorme mal-estar face às promessas políticas e eleitorais feitas por este executivo no que diz respeito ao apoio à atividade piscatória e à manutenção da navegabilidade da foz do Rio Minho.
O Senhor presidente, tem relutância em aceitar as boas ideias, ou os bons projetos principalmente se vindos do PSD e assim, aos projetos e obras herdadas do anterior executivo chama-lhes suas, assim como às ideias também do PSD, que para silenciar a contestação são necessárias, muda-lhes o nome, faz-lhes uma operação de cosmética e apresenta-as como suas, com todo o charme do marketing jornalístico pago por todos nós!
Na verdade o que o presidente Miguel Alves faz é puro plágio.
Mas um plágio fraco e minimalista, bem ao estilo do seu orçamento “slim fit”, para desviar as atenções da sua incapacidade de gerir o concelho de Caminha.
Para desviar as atenções dos cerca de 5 milhões de euros de dívida, criados por si, às Àguas do Norte, à Suma, às Piscinas e à Valorminho, o presidente Miguel Alves decidiu cortar na Educação, na Ação Social, nas Juntas de Freguesia e nos apoios às nossas Instituições!
O presidente Miguel Alves entusiasmou-se tanto com os cortes, que inspirado na sua expressão “slim fit”, deu largas à sua vontade de cortar e decidiu também cortar no Rio Minho!
Infelizmente a este executivo não interessa o esforço de fazer Mais e Melhor, só interessa criar factos que possam criar notícias, pois é este o meio onde melhor se move e o que mais lhe interessa: em frente das câmaras!
O PSD Caminha, lamenta que esta candidatura não possa ser extensível a todo o Rio Minho, como defendemos durante a campanha eleitoral, ao contrário do Dr Miguel Alves que nem reconhecia no seu manifesto o enorme potencial deste ex-libris que é o Rio Minho!
Infelizmente com este executivo a tónica é sempre Menos e Pior, até para o Rio Minho!”
