Devendra Banhart, Meredith Monk, Companhia Nacional de Bailado, Oneohthrix Point Never e Mohamed El Khatib entre as apostas até ao fim do ano no Theatro Circo
No último quadrimestre do ano em que Braga é Capital Portuguesa da Cultura os destaques vão também para a peça Antígona, do coletivo SillySeason, “In C” de Terry Riley com Pedro Carneiro e Convidados, e o regresso do programa artístico PARAÍSO.
O PARAÍSO volta a Braga de 18 a 20 de setembro, numa edição dedicada às expressões artísticas afrodescendentes, celebrando os 50 anos das independências dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. No dia 18 de setembro, o gnration exibe o documentário Independência (2015), do angolano Mário Bastos. No dia seguinte, sexta-feira, na Livraria Centésima Página, realiza-se a conversa “E depois da independência? Das lutas da libertação às lutas de hoje”, com Marta Machado, Sheila Khan e Tiago Vieira da Silva, e moderação de Marisa Rodrigues. Na mesma noite, no Theatro Circo, apresentamos a nova criação de Dino D’Santiago, a ópera Adilson, com dramaturgia de Rui Catalão e direção musical de Martim Sousa Tavares. A 20 de setembro, decorre uma visita guiada conduzida pelo investigador Chisoka Simões, explorando vestígios e símbolos coloniais em Braga. À tarde, no gnration, é apresentada o resultado da residência artística do artista plástico Ruben Zacarias sobre o património colonial e bibliográfico dos PALOP existente na Biblioteca Pública de Braga, numa conversa moderada por Rosa Cabecinhas. A noite termina no gnration com dose dupla de concertos: a estreia em Braga da mítica Banda Monte Cara, e Fidju Kitxora, um dos nomes mais empolgantes da música atual.
Na Música, a 5 de setembro, Daniel Pereira Cristo apresenta Malva Globo no âmbito da Noite Branca. A 20 de setembro, pela primeira vez em Braga, atua a Orquestra Jovem Afegã, exilada em Portugal desde 2022.
O ciclo Contraponto celebra os 90 anos do compositor Terry Riley, a 26 de setembro, com a obra icónica In C, interpretada por Pedro Carneiro e convidados como Jeffery Davis, João Braga Simões e Inês Malheiro. Ainda neste ciclo, os pianistas Joana Gama e Rui Braga Simões apresentam, a 29 de novembro, Canto Ostinato de Simeon ten Holt.
A 27 de setembro, o programa Cinex da Braga 25 encomenda um cineconcerto único: Naquele Dia em Lisboa, de Matthew Herbert e Daniel Blaufuks, a partir de imagens filmadas em 1940 por Eugen Schüfftan. A 4 de outubro, Cavalgada de Mil Amperes, um espetáculo audiovisual de António Durães com Edgar Pêra, transporta para palco a força do poema de Álvaro de Campos.
A compositora americana Meredith Monk, recém-galardoada com o Leão de Ouro de Carreira da Bienal de Veneza, apresenta-se a 12 de outubro, na companhia do seu Vocal Ensemble, com Katie Geissinger e Allison Sniffin. A 7 de novembro, o mítico compositor brasileiro Hermeto Pascoal & Grupo, o “bruxo dos sons”, regressa a Braga mais de uma década depois. A 9 de novembro, chega ao Theatro Circo Oneohtrix Point Never, um dos produtores e compositores mais conceituados da atualidade, responsável por uma discografia extensa e bandas sonoras como Uncut Gems (2018), que lhe valeu um prémio de Cannes. Ainda em novembro, a 15, apresenta-se o músico galês Bill Ryder-Jones com Iechyd Da (originalmente agendado para 17 de maio). A 24 de novembro, assinala-se o regresso a Braga de um dos maiores ícones da freak folk, Devendra Banhart, para um espetáculo a solo. A terminar o ano, o último espetáculo do Clube Raiz da Braga 25, Seara – A Música Portuguesa em Evolução, tem lugar a 19 de dezembro, com a participação de Amélia Muge, Daniel Pereira Cristo, Júlio Pereira, Manuel de Oliveira, Miguel Veras, Quiné Teles e Rão Kyao.
No Teatro, a temporada abre com a peça Antígona, do coletivo SillySeason, com duas sessões a 12 e 13 de setembro. A 31 de outubro, no âmbito do programa Supracasa da Braga 25, a dramaturga e encenadora Ana Baptista estreia Búzio, uma autoficção humorística e provocadora que parte de uma investigação balnear e da sua vivência sazonal na Apúlia. Destaca-se também uma das peças-sensação de 2024, A Vida Secreta dos Velhos, criação de Mohamed El Khatib, que nos convida a um encontro ímpar com os nossos idosos para falar de histórias de amor. Fruto de uma encomenda do Theatro Circo e Braga 25, Marco Martins estreia a peça Um Inimigo do Povo, a 13 e 14 de dezembro, motivada pelos incidentes ocorridos no Martim Moniz.
Na Dança, a Companhia Nacional de Bailado regressa a Braga, após mais de uma década, a 3 de outubro, para um espetáculo que reúne duas visões coreográficas fundamentais: as de George Balanchine com Stravinsky Violin Concerto e Ohad Naharin com Minus 16. O ciclo Zona Franca, pela primeira vez no Theatro Circo, a 17 de outubro, recebe Está Visto, resultado de uma colaboração de João dos Santos Martins com a pianista e compositora Joana Sá e a artista visual Ana Jotta. A 14 de novembro, a bailarina Ana Isabel Castro – primeira vencedora na categoria Dança do Prémio Ageas – mostra a sua nova criação Adoçar, no âmbito do programa Supracasa da Braga 25, uma dança focada apenas no corpo e no seu movimento.
Na Mediação, o ciclo Formas de Fazer terá dois momentos até ao fim do ano: a 13 de setembro com Repensar com o coletivo SillySeason, realizado no palco da peça Antígona, e a 2 de outubro, aproveitando a vinda da Companhia Nacional de Bailado, com uma Aula Técnica de Dança Clássica.
A Companhia de Espectadores, que convida o público a uma nova descoberta dos clássicos, terá sessões a 20 de setembro sobre Antígona de Sófocles, e a 22 de novembro com outra obra célebre. Haverá dose dupla também no ciclo Contexto, com a primeira ação a 12 de outubro, com a célebre compositora Meredith Monk, e a 13 de dezembro com Djaimilia Pereira de Almeida e Marco Martins. O projeto Três Tempos, numa ação tripartida entre o Teatro Viriato, Culturgest e Theatro Circo, apresenta este ano uma nova edição com Xullaji como guia sonoro e poético, entre sessões que decorrerão de 25 de outubro a 13 de dezembro.
Nas ações para o público infantojuvenil, de 26 a 30 de setembro, o minifestival Curtinhas (Curtas Vila do Conde) marca presença com uma seleção de curtas-metragens. Entre 9 e 11 de outubro, a peça de teatro Quero Um Piano, dos criadores Ana Madureira e Vahan Kerovpyan. A 15 de novembro, decorre a oficina de música para bebés e crianças Será de Voar, criação de Aurora Miranda e Joana Mafalda Araújo. A 13 de dezembro, a peça Soprar para Ver da Amarelo Silvestre, para público a partir dos 8 anos, explora tudo o que não está no mapa.
O Festival Semibreve regressa a Braga entre 24 e 26 de outubro, na sua 15ª edição, contando com nomes como aya, emptyset, Ava Rasti, Actress (Darren J Cunningham), Suzanne Ciani e Lucy Railton, entre outros.
Por fim, a 28 de dezembro, o encerramento da Braga Capital Portuguesa da Cultura acontece no Theatro Circo, num momento de passagem de testemunho para Ponta Delgada, cruzando em palco artistas e tradições do Minho e dos Açores.
Mais informação sobre toda a programação do Theatro Circo em www.theatrocirco.com



