Quase a chegar o Dia da Liberdade, 50 anos depois do 25 de Abril, Portugal está sujo pelos que enchendo a boca com essa palavra e com essa data, as conspurcam na sua prática quotidiana.
É preciso limpar as praias, é preciso limpar os montes, é preciso limpar o rio, é preciso limpar os sanitários das piscinas, é preciso limpar os contentores que fizeram de mercado 3 anos, é preciso limpar a rua direita depois dos vómitos das madrugadas, é preciso limpar.
É preciso limpar a junqueira do Coura em Entrepontes, é preciso limpar a ferrugem do Ferry Boat, é preciso limpar as pedras da passagem de nível da cova das faias, é preciso limpar a nacional 13, é preciso limpar, limpar, limpar.
É preciso limpar Caminha mas como podem limpar caminha aqueles que vivem bem e só sabem viver, como ela está. Cada um atua segundo o que sabe e aprendeu, e a sujidade como tudo, é relativa. Limpar Caminha começa por livrar caminha dos atuais responsáveis pela Limpeza que não a limpam. E não é trocar a LUSÁGUAS pela SUMA, é trocar quem os
contrata.
Caminha precisa de ser limpa dos que dizem na Assembleia Municipal que defender as pessoas é aumentar os funcionários da Câmara, como se os outros 15.500 caminhenses servissem apenas para lhes pagar os impostos.
Caminha precisa de ser limpa daqueles que fazem negociatas com o património municipal como o do Lar de Riba de Âncora que ontem a AM aprovou. Caminha precisa de ser limpa daqueles que a usam e aos seus (I)RESPONSAVEIS, para faturar e ganhar dinheiro com estudos, eventos, projetos, livros, festivais e revisões de contas fofinhas e ternurentas, que em mais nenhum município tem coutada.
Caminha precisa de ser limpa dos que venderam o CET como dos que o compraram. Precisa de ser limpa daqueles que pagam a advogados do Porto para Inglês ver, mas nada fazem para reaver os 369 mil euros.
Caminha precisa de ser limpa daqueles que sendo funcionários ou avençados da Câmara e das Juntas, estão na Assembleia Municipal a votar em causa própria.
Caminha precisa de ser limpa daqueles que durante 10 anos deixaram o Ferry apodrecer e o rio assorear e agora, como a cor do Governo mudou, dizem que são os Governos que tem que resolver.
Caminha precisa de ser limpa dos que deram a Ínsua por uma renda de 1000 euros por ano e daqueles que agora nada fazem para executar o contrato e, mais grave ainda se preparam para indemnizar o concessionário felizardo.
Caminha precisa de ser limpa daqueles que nunca fizeram mais nada do que direta ou indiretamente, viverem da manjedoura dos impostos dos caminhenses e dos portugueses.
Caminha precisa dum 25 de Abril, porque em Caminha quem mais ordena são os 350 funcionários municipais, mais todos os funcionários públicos, mais os reformados do estado e mais as respetivas famílias.
São a minoria de elite caminhense, que com 3.200 votos Governa e gasta 22 milhões de euros dos nossos impostos. São a minoria de elite caminhense que deixa morrer o clube lentamente, com pouco mais de 100 sócios a pagar quotas e que quer deixar morrer os bombeiros para se tornar numa entidade semi-pública, semi-privada.
Caminha tem que voltar a dizer: O POVO É QUEM MAIS ORDENA.
Leiria, 20 de Abril de 2024