Na Paróquia de S. João de Arga, começado o Mês de S. José, multiplicam-se as orações pelos Pais: em acção de graças, de petição e de sufrágio.
Assim, no dia 17 de março, domingo que antecede o dia litúrgico do Esposo da Virgem Santa Maria, será celebrada a Eucaristia às 15:00. Após esta celebração, o povo de Deus vai em romagem ao cemitério, rezando pelos pais falecidos nesta comunidade. Aí é colocada uma vela acesa sobre o sepulcro de cada homem que teve a felicidade de ser vocacionado a ser Pai.
No dia 19, solenidade litúrgica de S. José, será celebrada a santa missa às 17:30 e nesta aldeia serrana haverá homenagem aos Pais: haverá oração especial por cada Pai. A Paróquia oferecerá uma lembrança a cada homem que tenha esta missão sublime e encantadora de ser permanentemente transmissor da misericórdia divina a este mundo: gerando a vida.
SÃO JOSÉ, O HOMEM JUSTO
José, o homem justo, escolhido por Deus para esposo de Maria e pai adoptivo de Jesus, pertencia à casa de David, embora não fosse um príncipe de sangue azul. Fazia a vida simples de qualquer judeu, na sua humilde oficina de carpinteiro.
Os judeus, apoiados nas profecias, sobretudo em Isaías, aguardavam com expectativa a vinda de um Messias que fizesse surgir de novo Israel como povo que amasse a Deus e ao próximo (Cf. Lc 10, 25-28). Esta foi a lei dada a Moisés, mas o povo, desviando-se, tornou-se num pequeno grupo de judeus crentes a realizar as promessas de Deus. José pertencia a este grupo.
José tornou-se noivo de uma jovem de Nazaré, chamada Maria. Assumiu com ela o compromisso matrimonial, e passaram a ser marido e mulher.
Entre os judeus, era costume celebrar as bodas alguns tempos depois. Durante esse período, os esposos viviam separados, sem vida matrimonial. Entretanto, Maria concebera e José, homem justo, não a querendo difamar, resolveu deixá-la em segredo (Cf. Mt 1, 18-19).
A justiça de José consistiu, por um lado, em não querer dar o nome a uma criança que não lhe pertencia; por outro, convencido da virtude de Maria, em não querer sujeitar este mistério a um rigoroso procedimento legal (Cf. Dt 22, 20-21).
José sofreu um conflito de consciência no qual o amor e o respeito pela sua jovem esposa prevalece sobre o estrito rigor da lei. Agiu com rectidão e equilíbrio e recebeu, talvez por isso, a iluminante graça de Deus. Eis que lhe apareceu o Anjo do Senhor e lhe disse: “José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo» (Mt 1, 20).