Em Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Viseu há uma concentração para lutar contra as rendas das casas demasiado elevadas e a falta de habitação social. Em Viseu, a plataforma “Já Marchavas” tem estado ao longo da semana em pontos estratégicos da cidade e da região a apelar à concentração no próximo sábado.
A plataforma “Já Marchavas” considera que é preciso identificar edifícios devolutos que possam ser trazidos para a hasta pública e para o arrendamento, “edifícios do Estado central e local, mas que estão ao abandono, que não eram de habitação e tinham outras funções, mas trazê-los para a habitação e colocá-los no mercado de arrendamento a preços controlados”, sublinhando também que a garantia de respostas de residências para estudantes do ensino superior significa “garantir o acesso ao ensino”.
A ação de divulgação da concentração do próximo sábado, em Viseu, decorreu ao longo da semana em todas as escolas superiores do Instituto Politécnico, mas também estiveram no CAOS, a Casa de Artes e Ofícios, onde criaram um atelier no qual as pessoas foram convidadas a escrever frases de protesto.
Mas nem só o governo central deve olhar para as rendas demasiado elevadas e para a falta de habitação. A nível local, há trabalho a fazer. Viseu “tem uma taxa de habitação pública de pouco mais de 1% quando a média europeia é de 10%”, o que leva o porta-voz a dizer que estes números não salvaguardam, por exemplo, emergências.
Mais habitação social, mais habitação cooperativa, mais possibilidades de habitação própria, mas há outros focos de atenção, como por exemplo, o que pagam os estudantes do ensino superior: um quarto ao preço de uma casa. Viseu tinha preços de interior e agora arrendam-se casas e quartos “aos preços de cidades como Lisboa e Porto”.
Por outro lado, garante a Plataforma “Já Marchavas”, só Viseu tem 3500 habitações vazias, de acordo com o Pordata.
Na feira semanal de Viseu a recetividade foi modesta, mas o mesmo não se pode dizer das várias escolas superiores de Viseu por onde passaram, em que o apelo à concentração reuniu muitos simpatizantes. A justificação? Os estudantes são dos que mais veem a sua vida dificultada com rendas a preços, muitas vezes, incomportáveis.
Notícia: TSF