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País: REN aumenta investimento até 2027 para 1.500 a 1.700 ME

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A Redes Energéticas Nacionais (REN) prevê investir entre 1.500 e 1.700 milhões de euros até 2027, mais 70% do que a média anual do ciclo de investimentos anterior, segundo o plano estratégico hoje divulgado.

De acordo com a apresentação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do valor total de investimento previsto para o ciclo 2024-2027, cerca de 65% destina-se a eletricidade, 25% Ao gás e 10% no internacional.

A expansão da rede elétrica é uma das prioridades da REN, reconhecendo o seu “papel crítico na transição energética”, com um investimento anual estimado neste segmento de 240 a 280 milhões de euros até 2027, mais 50% do que no plano estratégico anterior (2021-2023).

Na sessão do Dia dos Mercados de Capitais, que decorre esta manhã em Lisboa, o administrador de operações, João Conceição, explicou que, no que diz respeito à eletricidade, 35% a 40% do investimento destina-se a contratos de energia solar, sendo que, desde 2021, a REN já assinou 32 acordos com promotores daquele tipo de energia.

O responsável adiantou também que a empresa prevê criar uma equipa dedicada a preparar a implementação de eólicas ‘offshore’ até ao final da década.

Já no segmento do gás, a REN prevê uma mudança progressiva para gases ‘verdes’, mas sem esquecer “a importância do gás natural na estabilidade e segurança do fornecimento do sistema”.

Desta forma, está previsto até 2027 um aumento de 125% no investimento anual, para 105-115 milhões de euros, face ao ciclo anterior, mantendo os níveis de investimento em transmissão e distribuição de gás natural, mas com a introdução de uma nova área dedicada aos gases ‘verdes’, como o hidrogénio e o biometano.

No que diz respeito ao hidrogénio ‘verde’, que a empresa acredita que vai ter um papel crucial na transição energética, o responsável detalhou que está previsto o investimento em duas novas cavernas de armazenamento, no Carriço, concelho de Pombal, que estarão preparadas para receber aquele gás, tal como na interconexão com Espanha, para criar o corredor ‘verde’ até à Alemanha, que será “totalmente dedicada ao transporte de hidrogénio”.

João Conceição admitiu que o plano estratégico é “desafiante”, mas disse acreditar que a maioria das necessidades para a sua execução estão asseguradas, com 25% delas já contratadas com os fornecedores, com indexação de preço e inflação, para dar previsibilidade.

Antes, o presidente executivo, Rodrigo Costa, avançou que a REN investiu 4.000 milhões de euros desde 2005 e lamentou os custos com impostos, como a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE).

Na semana passada, o Tribunal Constitucional considerou que a cobrança de CESE no caso de energias renováveis é inconstitucional, uma decisão que a REN vê com esperança de que venha “a ter impacto nas contas futuras” da empresa.

O líder da REN realçou também o negócio no Chile e a compra da Portgás, que explora a rede de distribuição de gás nos distritos de Porto, Braga e Viana do Castelo. “Não nos arrependemos destes investimentos, estas companhias estão muito bem”, apontou Rodrigo Costa.

LUSA

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