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Sexta-feira, 9 Maio, 2025
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País: Cabaz de bens essenciais continua a aumentar

O cabaz de bens alimentares essenciais está agora avaliado em 224,95 euros, o valor mais elevado registado desde o início do ano passado – a 12 de janeiro de 2022, custava 188,4 euros, menos 36,55 euros (menos 19,4%). Se se comparar com o valor a 23 de fevereiro de 2022, véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia, a subida foi de 41,32 euros, ou seja, de 22,5%.

Segundo a análise da DECO, o peixe (29,78%) foi a categoria que teve a subida mais acentuada – entre salmão, pescada, carapau, peixe-espada-preto, robalo, de dourada, perca e bacalhau, o consumidor pode agora ter de gastar, em média, 78,27 euros, mais 17,96 euros do que gastaria a 23 de fevereiro de 2022.

Entre 23 de fevereiro de 2022 e 11 de janeiro de 2023, o preço da carne subiu 22,1%; o preço das mercearias subiu 18,3%; o das frutas e legumes aumentou 17,1%; e o dos congelados registou um acréscimo de 12,38%.

Entre os dias 4 e 11 de janeiro, os dez produtos com maiores subidas de preço foram a pescada (66%), carapau (11%), perca (10%), peixe-espada-preto (9%), farinha para bolos (7%), polpa de tomate (6%), salmão (5%), laranja (4%) e, por último, esparguete e a couve-flor (3%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022 e 4 de janeiro de 2023 os produtos alimentares que mais aumentaram de custo na carteira dos portugueses foram a pescada fresca (126%), o arroz carolino (81%), a alface frisada (55%), a polpa de tomate (52%), açúcar branco (49%), a cenoura (47%), o carapau e o leite meio-gordo (43%) e a bolacha maria e a couve-coração (38%).

A associação de defesa do consumidor tem monitorizado todas as semanas os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais que inclui bens como peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.

A associação explica que este aumento se deve ao facto de Portugal estar “altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”, que “representam atualmente apenas 3,5% da produção agrícola nacional: sobretudo milho (56%), trigo (19%) e arroz (16%).

“E se no início da década de 90 a autossuficiência em cereais rondava os 50%, atualmente, o valor não ultrapassa os 19,4%, uma das percentagens mais baixas do mundo e que obriga o País a importar cerca de 80% dos cereais que consome”, acrescenta a Deco.

O organismo esclarece que “a invasão da Rússia à Ucrânia, de onde provém grande parte dos cereais consumidos na União Europeia, e em Portugal, veio, por isso, pressionar ainda mais um setor há meses a braços com as consequências de uma pandemia e de uma seca com forte impacto na produção e na criação de stocks”.

“A limitação da oferta de matérias-primas e o aumento dos custos de produção, nomeadamente da energia, necessária à produção agroalimentar, podem, por isso, estar a refletir-se num incremento dos preços nos mercados internacionais e, consequentemente, nos preços ao consumidor”, sublinha.

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