Os seis municípios accionistas da Valorminho, responsável pelo aterro sanitário do Vale do Minho, vão interpor uma acção judicial para tentar travar a privatização da Empresa Geral de Fomento, a maior accionista daquela estrutura multi-municipal. O recurso à justiça já tinha sido revelado em primeira mão à Rádio Caminha, há alguns dias, pelo presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, é agora confirmado pelo autarca de Melgaço e vai ser amanhã anunciado publicamente em conferencia de imprensa pelos seis autarcas da região.
O presidente da Câmara de Melgaço, Manuel Baptista, revela que as autarquias vão contar com o apoio neste processo da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
O aterro sanitário do Vale do Minho, instalado há mais de uma década em São Pedro da Torre, serve os seis municípios do Vale do Minho: Melgaço; Monção; Valença; Paredes de Coura; Vila Nova de Cerveira e Caminha.
A ValorMinho tem como principal accionista o Estado, através da Empresa Geral de Fomento, cuja privatização vai implicar a privatização da empresa que gere o aterro sanitário. Algo que os autarcas querem evitar, argumentando que a privatização daquela estrutura vai encarecer as tarifas cobradas aos municípios por tonelada de lixo, actualmente nos 19 euros.
Os autarcas do Vale do Minho querem ainda deter a maioria do capital social da Valorminho para serem eles a gerir a empresa responsável pelo aterro sanitário que serve a região.