O presidente da Câmara de Monção pediu ao Governo que resolva “de uma vez por todas o problema das acessibilidades ao concelho”, que “começa já a afetar os empresários”, nomeadamente de vinho Alvarinho.
“A primeira preocupação que temos e tem de ser resolvida é a passagem de Valença para Monção e Melgaço. Não pedimos nenhuma autoestrada, mas uma via alternativa que, sem entrar em Valença, tire os carros numa via circular e traga, numa via rápida, os carros para Monção”, explicou António Barbosa (PSD), em declarações à Lusa após a inauguração da 28.ª Feira do Alvarinho de Monção, no distrito de Viana do Castelo.
De acordo com o autarca, está em causa uma “questão grave”, que “começa hoje a ser um problema para os empresários do concelho.
Barbosa pediu ao ministro da Agricultura, presente no evento, ajuda para transmitir a mensagem ao Governo e José Manuel Fernandes disse ter “registado” o apelo, assinalando que, sem elas, Monção tem já “um crescimento acima da média nacional”.
O autarca destacou que Monção é uma economia “a proliferar”, estando para breve a abertura de portas do Minho Parque, uma “zona empresarial com 60 hectares de um fundo de investimento” que ali aplicou “mais de 10 milhões de euros”.
“Esperamos que o nosso Governo não se esqueça de nós. E não vai esquecer, desta vez vai ser resolvido”, observou.
António Barbosa apontou também a necessidade de o vinho Alvarinho de Monção ter “um selo de origem própria”, porque “o facto de ter uma casta dentro de uma garrafa não é a mesma coisa que ela ser produzida no local”.
O presidente da Câmara frisou ainda que o vinho Alvarinho é “parte da identidade coletiva” da região e que “é uma fonte de rendimento direto e indireto para milhares de pessoas no concelho”.
A Feira do Alvarinho, que cumpre este ano a 28.ª edição, tem sido visitada anualmente por “mais de 100 mil pessoas”.
O evento prolonga-se até domingo.
Lusa