A vespa asiática tornou-se numa praga descontrolada no Alto Minho. A espécie, originária da China, entrou no Continente europeu em 2004 através do porto francês de Bordéus. Em Portugal, começou a ser detectada em 2011. Nenhum plano organizado de combate foi então delineado de forma a estancar a progressão desta vespa em território nacional, que é a maior predadora da abelha, pondo actualmente em risco a produção portuguesa de mel. Só recentemente é que as autoridades entenderam que a coordenação do combate fica nas mãos do Instituto de Conservação da Natureza.
Com a espécie a proliferar a grande velocidade no distrito de Viana do Castelo, os cidadãos decidiram pôr mãos à obra para tentar travar a vespa asiática, que já assusta as populações. Marco Portocarrero transformou-se assim num caça vespas. No concelho de Caminha tem destruído, a expensas próprias os ninhos de vespa asiática, numa média de três por dia.
Este habitante da aldeia de Seixas tem actuado sobretudo no vale do Coura simplesmente por dever de cidadania. Ninguém lhe paga o tempo e o dinheiro que gasta na destruição dos ninhos de vespa asiática. Marco Portocarrero pôs mãos à obra e com uma cana de pesca e um tubo de insecticida matando as vespas invasoras.
Marco Portocarrero lamenta o atraso na actuação das entidades públicas no combate a esta vespa que mata as abelhas nacionais e já ameaça populações, tal é a sua proliferação.
Esta semana foi encontrada um ninho em plena Avenida da Grande Guerra, a rua mais movimentada de Viana do Castelo, a capital do distrito. O ninho estava na parede de uma instituição bancária.
Marco Portocarrero, o cidadão que, munido de uma cana de pesca e de insecticida, promete pôr fim às vespas asiáticas no concelho de Caminha.
É aos bombeiros do município a quem cabe, institucionalmente, o papel de destruir estes ninhos. A Rádio Caminha sabe que as equipas de bombeiros têm queimado uma média de 3 ninhos por dia e fazem-no devidamente equipados, sem por em risco a vida de ninguém. Os bombeiros pedem aos cidadãos que pensam agir por conta própria para terem cuidado na hora de actuar.
