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Geocapital: “O que o PSD está a fazer é muito feio”, diz Miguel Alves

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O PSD de Caminha veio a público pedir explicações ao presidente da Câmara Miguel Alves pelo facto de este ter sido director jurídico da Geocapital, empresa que, segundo a imprensa nacional, está directamente relacionada com o negócio ruinoso da compra de uma empresa de manutenção no Brasil.

A líder da concelhia “laranja”, Liliana Silva, diz que se trata de “uma questão demasiado grave, colocando nas mãos do presidente da Câmara de Caminha a decisão de dar ou não explicações sobre o assunto aos munícipes

Em reacção, Miguel Alves diz que “é muito feio” o que o PSD está a fazer. O autarca esclarece que assumiu o cargo de director jurídico da empresa Geocapital a partir de 2010, enquanto o negócio em causa, que está a ser investigado, foi feito cinco anos antes

O autarca diz que o PSD devia “dar mais nota a dar explicações sobre os processos judiciais em curso que dizem respeito a cada uma das intervenientes do PSD”.

A empresa Geocapital esta diretamente envolvida na venda da VEM, no âmbito de uma aliança de Stanley Ho, Jorge Ferro Rodrigues  e Diogo Lacerda Machado. Este último é atualmente o representante do governo nas negociações com a reversão da privatização da TAP.

De acordo com informações da imprensa “o negócio terá custado 24 milhões de euros à TAP, mas podia ter custado menos se a companhia não tivesse pago um prémio de 20% à Geocapital. O ‘buraco’ provocado à TAP pela VEM – rebaptizada TAP M&E Brasil – atinge várias centenas de milhões de euros. “

Também surgiram informações de que a TAP, avançou para a compra da empresa brasileira só com o aval do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, à data liderado por Mário Lino, e sem a necessária autorização do Ministério das Finanças. Uma situação que tornaria o negócio juridicamente nulo mas que, ainda assim, avançou.

“ O negócio da transportadora aérea portuguesa no Brasil está sob suspeita dos crimes de administração danosa, participação económica em negócio, tráfico de influência, burla qualificada, corrupção e branqueamento” , como noticiou o Jornal Económico. O negócio, que custou à transportadora cerca de 500 milhões de euros, está a ser investigado pelo Ministério Público desde 2013 .

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