O número de pessoas que, desde o dia 1 de junho último, visitaram o Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora, está já muito próximo das 13 mil, prevendo-se que este valor seja atingido ou até superado até ao final do mês. Neste momento, o Forte continua de portas abertas e tem patente uma exposição sobre a sua própria história.
Os números foram avançados pela Câmara de Caminha, entidade gestora daquele espaço.
Recorde-se que, após negociações, a Câmara Municipal de Caminha assinou um protocolo de cooperação com a Autoridade Marítima Nacional.
O documento firmado com a Autoridade Marítima Nacional prevê um período de cinco anos, renovável. De acordo com o protocolo, o Município compromete-se a garantir a conservação, manutenção e custos de funcionamento do imóvel, podendo, em contrapartida, utilizar o espaço para a realização de eventos.
A primeira exposição que o Forte acolheu teve como tema a sua própria história e é essa que ainda pode ser visitada até ao final deste mês de setembro.
Desde o dia 1 de junho, o Forte da Lagarteira tem sido palco de diversos eventos .
O Forte da Lagarteira foi mandado construir por D. Pedro II no século XVII na sequência das Guerras da Restauração da independência (1640-1668) para o reforço da costa portuguesa perante a ameaça espanhola, integrando-se na linha de defesa estrategicamente colocada nas margens do rio Minho e ao longo da costa atlântica.
De acordo com os registos, o Forte da Lagarteira, de arquitetura militar, “integra-se no grupo de fortes seiscentistas de planta estrelada, de pequenas dimensões e alçado simples. Cruzava fogo com o Forte de Santiago. Denota persistências de formas de caráter medieval, observável no balcão fechado, e sua conciliação com uma conceção planimétrica e militar completamente distinta e de cariz seiscentista”.
O Forte foi classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo decreto nº 47 508, DG, 1.ª série, n.º 20 de 24 janeiro 1967.