Júlia Paula Costa diz que vai “esperar com tranquilidade que a justiça faça o seu papel”. O Ministério Público deduziu acusação contra a anterior presidente da Câmara de Caminha pela alegada prática de quatro crimes, dois de prevaricação e dois de abuso de poder num processo relacionado com contratação de pessoal.
Em declarações à Rádio Caminha, a ex autarca social-democrata lembra que “não foi acusada de nada”, referindo que o processo, que teve origem em denúncias anónimas, apenas foi reaberto porque há uma pessoa que se opõe ao seu arquivamento.
Em Fevereiro, a actual deputada municipal anunciava, em conferência de imprensa, que o processo resultante de “queixas anónimas” relacionadas com “contratação pública” tinha sido arquivado, tendo na altura a líder da concelhia laranja, Liliana Silva, classificado o inquérito de uma “cabala política”.
Agora, o Ministério Público reabriu o processo porque, segundo Júlia Paula Costa, há uma pessoa que se opõe ao encerramento do mesmo. No entanto, a ex autarca diz que “se trata apenas do cumprimento de uma formalidade” face ao recurso apresentado
O caso remonta a 2010 e prende-se com a realização de vários concursos para a admissão de técnicos superiores para diferentes departamentos da autarquia. Segundo a acusação, Júlia Paula Costa “violou o interesse público do Estado em assegurar que esse tipo de concursos garantisse a autonomia intencional do Estado, a realização das funções do Estado segundo o direito e, no sentido do interesse do bem comum”.