A vereadora do PSD lamentou a forma como a pandemia Covid 19 está a ser encarada pelo executivo municipal caminhense. Na reunião do executivo realizada hoje, Liliana Silva propôs diversas medidas para fazer frente à “atual situação de calamidade”, nomeadamente a criação de um gabinete de crise em Caminha e Vila Praia de Âncora, desinfeção de espaços públicos e encerramento imediato de todos os bebedouros públicos.
A vereadora lamentou que a Câmara “esteja a aguardar os desenvolvimentos para tomar decisões, quando deveria ser proativa e combater esta Pandemia com força e coragem.
Desde a semana passada que os vereadores exigem o encerramento de serviços públicos não essenciais, equipamentos e Ferry-Boat.
Lamentavelmente, e numa altura em que já estamos em fase de um crescendo assustador de número de infetados, só no domingo é que surgiu o despacho de encerramento do Ferry Boat e só esta segunda é que os Postos de Turismo e outras respostas não essenciais são fechadas ao público.
Estamos perto de ver decretada Emergência Nacional, que no entender dos vereadores, já devia estar feito, e o executivo municipal de Caminha ainda se encontra com a postura do deixar ver o que acontece para depois agir e reparar danos.”.
Quanto às medidas que foram anunciadas pelo Presidente da Câmara na reunião de câmara “não trazem nenhum aporte às medidas nacionais. Remetem-se exclusivamente à parte das escolas e de continuarem a dar alimentação aos alunos mais carenciados e apoio aos filhos dos profissionais de saúde, forças de segurança e outros que tenham obrigatoriamente de estar ativos.
São medidas importantes, mas são obrigações nacionais. Não há nenhuma medida da autoria deste executivo para fazer face a uma realidade que é nossa. Aliás, ainda não houve reuniões com as juntas de freguesias para acautelar formas de luta e ação para fazer frente à guerra que já está aí”, sublinha.
Neste sentido, a vereadora do PSD deixou algumas sugestões e pediu que fossem tidas em atenção o mais rapidamente possível.
“São elas:
1- Encerramento imediato de todos os bebedouros públicos, que ainda se encontram disponíveis;
2- Desinfeção dos espaços públicos;
3- Efetuar de imediato as transferências correntes em falta para as juntas de freguesia de forma a que possam ter capacidade financeira para acorrerem aos seus fregueses;
4- Criação de um gabinete de crise, em dois locais distintos, ou seja, um no vale do Âncora, outro no vale do Coura, cada um composto por um enfermeiro e um técnico de ação social, de forma a orientar e ajudar as pessoas em tempo de crise e para que não entupam o Serviço Nacional de Saúde nem a Linha SOS Saúde, por vezes com dúvidas desnecessárias. É necessário que este serviço seja prestado em colaboração e articulação com o Centro de Saúde local. Este atendimento será basicamente telefónico e não presencial . O enfermeiro fará a primeira triagem telefónica, aconselhamento e orientação, para evitar sobrecarregamento da linha telefónica nacional e permitir atendimento rápido aos munícipes do concelho de Caminha. O Técnico de Ação Social permitirá uma ligação direta à Câmara para fazer face a famílias que poderão vir a encontrar-se em situação de carência por falta de trabalho, nomeadamente o temporário que lhes ia permitindo alguma folga financeira.
Os vereadores esperam que estas medidas sejam acauteladas para o bem de todos os munícipes de Caminha.
O Concelho de Caminha precisa de uma união ímpar e do apoio de todos nesta fase difícil”, sublinha o PSD.