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Domingo, 11 Maio, 2025
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Covid 19: Médicos consideram que o desconfinamento deve ser regrado e disciplinado

A Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública considerou hoje que o desconfinamento do país deve ser regrado e disciplinado, defendendo que não deve ser precipitado e comprometer o esforço feito no combate à pandemia de covid-19.

“Eu percebo a implicação económica e social tremenda que tudo isto tem, mas não podemos novamente ser precipitados na nossa abordagem e, dessa forma, comprometer aquilo que foi o esforço que fizemos, designadamente com muita dificuldade agora em janeiro”, disse à agência Lusa o presidente da associação, Ricardo Mexia.

A este propósito, o médico acrescentou: “Tenho muito receio que agora, com esta descida dos números, de repente passemos outra vez a ser os melhores do mundo e a querer reabrir tudo sem verdadeiramente ponderar essas implicações”.

Esperando que “haja ponderação” nesta matéria e que a comunicação “também seja clara” sobre os desafios que o país ainda enfrenta, Ricardo Mexia notou que “vacinar todos ainda está muto longe”, sendo que as diversas medidas de proteção vão manter-se “durante muito tempo”.

Questionado se um eventual desconfinamento tem de ser feito com conta peso e medida, Ricardo Mexia respondeu: “Precisamente, planear o desconfinamento e fazê-lo de forma regrada e disciplinada”.

Na terça-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que Portugal deverá continuar com o nível de confinamento atual até meados de março, indicando que o país continua com uma “incidência extremamente elevada” de novos casos de contágio pelo novo coronavírus.

“É bastante evidente que o atual confinamento tem que ser prolongado por mais tempo, desde já durante o mês de fevereiro, e depois sujeito a uma avaliação, mas provavelmente por um período que os peritos hoje estimaram em 60 dias a contar do seu início”, afirmou Marta Temido, após uma reunião virtual com especialistas no Infarmed, em Lisboa.

O confinamento decretado em 15 de janeiro marcou o início do decréscimo do número de novos casos, “mais acentuado” a partir do agravamento das medidas e o fecho das escolas, no dia 21 de janeiro.

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