Um ano depois, há finalmente novidades sobre a rede eléctrica de Alta Tensão que vai ligar o Norte de Portugal à Galiza e atravessar 8 dos 10 municípios do Alto Minho: o projecto foi recalendarizado para ser submetido a novos estudos. O percurso escolhido para a construção da linha eléctrica de 400 kw vai ser de novo estudado depois de, na sequência do estudo de impacto ambiental, a Agência Portuguesa do Ambiente ter dado parecer condicionado.
Os impactos na saúde das populações sempre foram uma das maiores preocupações manifestadas pelos autarcas das freguesias e dos municípios por onde está prevista a passagem desta “auto-estrada da energia”. A extinção de aves migratórias no Alto Minho e o perigo do desaparecimento do lobo ibérico, uma espécie em vias de extinção que subsiste na região, foram outros dos alertas.
Em Ponte de Lima, por exemplo, esta linha de alta tensão vai ser suportada por cinco torres de 75 metros de altura próximas de cerca de duas dezenas de habitações e de um hotel rural. Em Monção, também se teme a proximidade a alguns aglomerados urbanos e os impactos ambientais.
Por isso, este adiamento é aplaudido pelo presidente da autarquia monçanense, Augusto Domingues, que pede que, neste interregno, sejam avaliadas outras hipóteses para o percurso desta rede eléctrica que vai ligar o Norte de Portugal à Galiza.