21.4 C
Caminha Municipality
Segunda-feira, 8 Julho, 2024
spot_img
InícioDistritoCaminhaCarta Aberta: Carlos Castro manifesta indignação pelo direito de resposta da Greenfield...

Carta Aberta: Carlos Castro manifesta indignação pelo direito de resposta da Greenfield Capital

“CARTA ABERTA AO REPRESENTANTE DA EMPRESA “GREENFIELD CAPITAL”, SR. RICARDO FERREIRA MOUTINHO:

Excelentíssimo Sr. Ricardo Ferreira Moutinho, representante da empresa “Greenfield Capital”:

Eu Carlos Fernandes Alves de Castro, funcionário da Câmara Municipal de Caminha com 44 anos de serviço, Vice-Presidente da Concelhia do PSD do concelho de Caminha, e Presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, venho muito respeitosamente expor a minha indignação pelo que vossa Excelência escreveu no seu direito de resposta ao “Jornal C – O Caminhense”.

O seu direito de resposta vem no sentido de uma nota de imprensa que a Concelhia do PSD publicou sobre a Câmara Municipal de Caminha e a empresa Greenfield Capital pretenderem instalar um Centro de Exposições Transfronteiriço na futura zona industrial entre a Freguesia de Argela e a Freguesia de Vilar de Mouros.

A já referida nota de imprensa, apenas vem questionar se esse Centro de Exposições Transfronteiriço, com todos os custos associados para os munícipes do nosso Concelho, é uma opção financeiramente viável para o presente e para o futuro da tesouraria da Câmara Municipal.

Relembramos que esse Centro tem um custo para o erário público assustador.

Ora vejamos:

Os Munícipes do nosso Concelho vão ter que suportar uma renda mensal de 25 mil euros durante 25 anos o que perfaz um total de 7,5 milhões de euros, tendo já a Câmara despendido 300 mil euros dos nossos impostos aquando da assinatura do contrato, e não é demais esclarecer que, ao fim desses anos, o imóvel não reverte para os Caminhenses, a Câmara apenas tem preferência de compra do Pavilhão;

É importante também que se saiba que toda a manutenção, pagamento de água, luz, gás, e despesas com o pessoal é por conta do Município de Caminha.

Exmo. Senhor, quero desde já transmitir-lhe que para mim é uma honra estar ao lado da Dra. Liliana Silva que trabalha numa empresa do nosso Concelho, uma Senhora que já deu provas das suas capacidades enquanto Deputada da Assembleia da República Portuguesa ao defender os interesses do Alto Minho e das suas gentes, assim como enquanto Vereadora da Câmara Municipal de Caminha, fazendo também parte de várias Instituições e coletividades do nosso Concelho.

Uma senhora que foi Candidata à Câmara Municipal de Caminha nas últimas eleições autárquicas e que contou com o apoio de 41,36% dos votantes.

Relativamente ao parágrafo em que me sinto lesado, como ser humano que sou, esposo, pai, avô e com uma paixão infinita pelo Concelho que me viu nascer, passo a descreve-lo na íntegra;

Recomendo à Prof.a Liliana Silva, que se quiser ganhar dinheiro, vá trabalhar. A política não pode ser vista como uma carreira, como forma de ganhar dinheiro, mas antes, como uma forma de exercício de um dever cívico. Na política, os políticos existem para servir a população e não para se servirem a si próprios. Neste sentido, a política deve ser percebida como algo temporário e não como uma carreira. Isto aplica-se sobretudo a pessoas que nunca tiveram vida fora da política e que não têm uma carreira, para além de cargos políticos que exerceram no passado. Por não ter vida própria, nem mundo, cultura geral, a Prof.a Liliana Silva, com meia dúzia de jagunços, na mesma situação, têm tempo livre para difamar instituições.”

Exmo. Senhor, todo o conteúdo do seu direito de resposta é de uma extrema indelicadeza e de uma falta de respeito e consideração, não só à Dra. Liliana Silva mas, a todo um grupo de pessoas que, sem interesses pessoais ou políticos e que não dependem da política para viver, estão a dar o seu melhor contributo, dentro de uma base de transparência, honra e trabalho, pretendendo, desta forma, tirar o nosso Concelho do buraco negro em que se encontra, acabando com o constante endividamento que vai ter repercussões gravíssimas para as nossas futuras gerações.

Lamento a sua falta de educação e a sua medíocre forma de expressão quando chama de jagunços a pessoas que nem sequer conhece, eu desde já dispenso conhecê-lo.

Exmo. Senhor, esta sua atitude só demonstra o nervosismo e o medo que tem de não conseguir que a sua pretensão seja uma realidade, mas digo-lhe que, para um representante de uma empresa que quer fazer um negócio de 7,5 milhões de euros, em que são os contribuintes do nosso Concelho a pagar, sinceramente, fica-lhe muito mal essa postura, dando uma imagem sombria à empresa que representa. Quando as ações são dignas e não têm porque ser atacadas, ataca-se as pessoas, é isso que se traduz no que escreve.

Esta obra a realizar é sem dúvida uma obra megalómana para um Concelho que está sobre endividado.

Tendo sido dito publicamente que o Centro Exposições seria para funcionar com eventos 365 dias por ano, não compreendo porque a Câmara Municipal esteve sempre contra uma ligação terrestre entre Caminha e La Guarda, o que facilitaria a circulação de pessoas, e quer agora um Centro de Exposições Transfronteiriço, isso é no mínimo caricato.

Já agora deixo-lhe uma pergunta;

Se o pavilhão vai ser assim tão rentável, como Vossa Ex. refere na sua missiva, porque razão não é explorado pela vossa empresa ou alugado a investidores privados?

Carlos Fernandes Alves de Castro”

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img

Mais Populares