Os vereadores do PSD na Câmara de Caminha querem o ferry boat que faz a ligação entre Caminha e A Guarda a funcionar imediatamente e propuseram na última reunião de Câmara que a embarcação, parada desde o encerramento das fronteiras por causa da pandemia, seja posta a funcionar.
Em nota de imprensa enviada às redações, os vereadores sociais democratas consideram que, “não pode um presidente da Câmara andar a regozijar-se da abertura das fronteiras nos municípios vizinhos, por necessidade de aparecer nas notícias regionais e nacionais em época pré eleitoral e, em sentido inverso, manter a ligação de Caminha a La Guardia bloqueada por decisão do próprio executivo.
Com isto temos, nós agora, a fronteira fechada em Caminha.
Foi referido em reunião de Câmara, pelo próprio presidente, que não havia funcionários para fazerem o serviço de transporte de crianças e alimentação no apoio à ação escolar, e que eram essas as tarefas que estavam a ser feitas pelos funcionários do ferry boat.
Como referem os vereadores: “ Constrange-nos saber que nestes meses não se pensou em por o concelho a funcionar em pleno, assim que as diretivas de confinamento ficassem mais libertas”, sublinham.
“Sabia-se que era importante ter o ferry boat a funcionar assim que fossem levantadas as medidas de encerramento dos estabelecimentos e, portanto, era obrigação da Câmara Municipal arranjar alternativas para colmatar as falhas que existissem.
Os funcionários do ferry boat, altamente qualificados, deveriam ter assumido o seu posto de trabalho assim que abriram as fronteiras e tinha, a Câmara, obrigação de criar as necessárias alternativas para as outras funções, já que não carecem de tanta especialização”, acrescentam.
A contratação, se necessário, de pessoal para fazer frente à pandemia estava e continua prevista na lei e por isso os vereadores do PSD não percebem porque não procede a câmara a essas contratações visto precisar de funcionários.
“Não se entende que gastem 5 mil euros num só evento de culturismo a realizar-se a 10 de julho no concelho e não se priorize a afetação ou contratação de pessoal para distribuição de alimentação de apoio à ação escolar.
Estamos certos que o investimento no funcionamento do Ferry boat, uma vez que não temos outra alternativa de atravessamento para carros, é mais prioritário que gastar 5 mil euros num campeonato de culturismo”, atiram os vereadores da oposição.
Depois da pandemia, dos encerramentos de estabelecimentos e empresas, e com o início da época balnear, “tudo deveria estar preparado planeado para funcionar em pleno.
Assim o fizeram, heroicamente, as empresas, o comércio, a restauração e a hotelaria.
A pandemia, cujos efeitos nefastos na saúde e economia são evidentes e merecem a maior preocupação, tem servido de desculpa para muita coisa.
Mas por o Ferry a funcionar só depende da proatividade do Município e de conseguir arranjar soluções, em vez de arranjar problemas.
O Ferryboat tem que funcionar ! Não temos outra alternativa, por enquanto!”.