O Instituto São João de Deus e a Casa do Povo de Lanhelas, estabeleceram uma parceria com vista à criação de uma unidade socio ocupacional na área da saúde mental para o concelho de Caminha. Trata-se de um reforço da rede de cuidados continuados integrados em saúde mental.
O anúncio da criação desta unidade foi avançado pelo presidente da Câmara de Caminha na reunião de Câmara de 7 de maio, que garantiu o apoio da autarquia a esta novo serviço de saúde.
O investimento feito pelo Instituto São João de Deus é superior a 300 mil euros e este projeto tem como objetivo reforçar no apoio e na reabilitação psicossocial, referiu o autarca.
Este projeto tem capacidade para dar resposta a cerca de 30 utentes. A USO – Unidade Socio Ocupacional, vem também dar corpo a uma outra resposta que irá funcionar em Vila Praia de Âncora, o CACI – Centro de Atividades de Capacitação para a Inclusão.
Apesar de considerar que esta nova valência pouco ou nada tem a ver com a Câmara, a vereadora da oposição, Liliana Silva, congratulou-se com a sua criação no concelho.
Quanto ao CACI lembrou que esta valência só veio para o concelho porque se perdeu uma outra, nomeadamente o Benjamim que funcionou durante vários anos na freguesia de Seixas.
Escolha do representante do Município para integrar o Conselho Local de Saúde Mental não gerou consenso
Menos pacífica foi a indicação de um representante do Município para integrar o Conselho Local de Saúde Mental.
O executivo socialista decidiu apresentar uma proposta com o nome da vereadora da Saúde Sandra Fernandes, uma escolha que não agradou à oposição que considerou ser uma imposição, uma vez que não houve por parte do executivo o cuidado de comunicar previamente a todos os vereadores esta escolha. Face a esta falta de diálogo, a bancada da Coligação OCP votou contra.
Rui Lages considerou que Liliana Silva não tinha razão pois, como sublinhou, “o que consta do meu despacho é uma proposta para ser discutida e debatida democraticamente”, disse.
O presidente da Câmara questionou se existia mais alguma proposta ao que Liliana Silva respondeu que não porque ao não terem conhecimento do assunto não lhes tinha sido dada oportunidade para o fazer.
Posta à votação, a proposta da Câmara foi aprovada com os votos contra da Coligação OCP.