Depois de aprovada pela maioria socialista em reunião de Câmara, a Taxa Turística a aplicar no concelho de Caminha, de 1 euro em época baixa e 1,5 euros na época alta, foi igualmente aprovada na Assembleia Municipal realizada no passado dia 28 de junho.
Uma taxa cega e discriminatória que não vai beneficiar os caminhenses, e um regulamento com várias deficiências, foram algumas das falhas apontadas pela oposição.
![Alexandre Fernandes](https://jornalc.pt/wp-content/uploads/2022/11/alexandre-fernandes-1024x578.jpg)
As primeiras críticas vieram da bancada da Coligação OCP que considerou que esta taxa não vai beneficiar as famílias do concelho, mas sim dar oportunidade à Câmara de taxar para gastar mais e não beneficiar quem aqui vive. Isso mesmo referiu o deputado Luís Alexandre na sua intervenção.
![Nande 2](https://jornalc.pt/wp-content/uploads/2022/12/nande-2-1024x578.jpg)
Outra das intervenções sobre este ponto foi do deputado Jorge Nande, que lamentou a rapidez com que a Câmara implementou uma taxa para as pessoas pagarem, esquecendo-se de dar o mesmo tratamento à proposta apresentada pela OCP para reduzir os impostos aos jovens, nomeadamente isenção de licenças para construção de habitação já aprovada em Assembleia Municipal, mas não implementada.
![Abilio Cerqueira](https://jornalc.pt/wp-content/uploads/2024/07/abilio-cerqueira.png)
Abílio Cerqueira, deputado do BE, também fez questão de tecer algumas considerações em relação à aplicação desta taxa, com a qual até concorda, no entanto considerou a mesma discriminatória na medida em que não é uma taxa turística mas sim uma taxa de dormida.
![Celestino Ribeiro](https://jornalc.pt/wp-content/uploads/2024/07/celestino-ribeiro.png)
Para Celestino Ribeiro da CDU, a aplicação de uma taxa turística não pode ser uma decisão arbitrária nem um mero exercício de arrecadação de receita, é necessário perceber quem vai beneficiar com a aplicação desta taxa.
À semelhança do que disse o deputado do BE, também a CDU considerou esta taxa “cega”.
![Miguel Gonçalves](https://jornalc.pt/wp-content/uploads/2024/07/Miguel-Goncalves.png)
Defensor desde a primeira hora da criação de uma taxa turística no concelho de Caminha, o presidente da União de Freguesias de Caminha e Vilarelho, Miguel Gonçalves (PS), considerou que não é 1 euro ou 1,5 euros de taxa que vai pesar na decisão de um turista em ficar ou não no concelho de Caminha. “É menos do que um café e uma água numa esplanada”, disse.
Por considerarem que o regulamento para a criação da taxa turística apresentado pela Câmara continha várias deficiências, a OCP propôs que o mesmo fosse retirado para ser melhorado adiando assim a sua aprovação para uma próxima assembleia. A proposta não foi aceite e o regulamento foi posto à votação, sendo aprovado pela maioria socialista com 19 a favor, 13 contra e 3 abstenções.