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Quinta-feira, 22 Maio, 2025
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Caminha: 40 mil euros gastos em lonas para promoção do município ou nos outdoors da candidatura de Rui Lages? Dúvidas que estiveram em discussão na última reunião do executivo

Autarquia caminhense adquiriu há dois meses 40 mil euros em lonas e outdoors para promoção de eventos do município. Para a oposição não há evidência desse investimento e estranha a coincidência da colocação de outdoors da candidatura de Rui Lages pelo PS à câmara de Caminha. Rui Lages garante que esse dinheiro está a ser gasto na promoção do município e que o contrato decorre por um período de 6 meses.

A propósito da colocação esta semana de vários outdoors da candidatura de Rui Lages às próximas eleições autárquicas, a vereadora da oposição Liliana Silva voltou a questionar o executivo, na reunião de ontem, sobre o recente contrato efetuado por seis meses entre a Câmara de Caminha e uma empresa de merchandising, no valor de 40 mil euros, para a colocação daquelas estruturas de publicidade.

A oposição, em requerimento ao município, quer saber quais os serviços prestados previstos no contrato com a empresa, quais os outdoors colocados até à data e a sua localização e solicita cópias das requisições emitidas para a colocação daquele material publicitário.

Rui Lages acusou a vereadora de “tentativa camuflada de misturar os outdoors da sua candidatura com a dos eventos da Câmara”, mas garantiu que se isso aconteceu no passado, com ele não aconteceu “nem nunca irá acontecer”.

Em resposta Liliana Silva garantiu que as suas afirmações não se baseavam em “tentativas de colagem mas sim em evidências” e lembrou o que aconteceu no tempo em que Miguel Alves foi presidente da Câmara, e que consta nos autos do processo em que também está envolvida Manuela Couto, proprietária da empresa “Make It Happen”, que prestou serviços de comunicação à Câmara de Caminha. As escutas transcrevem troca de correspondência entre o autarca e aquela empresa, sobre a campanha eleitoral para as autárquicas de 2015, recorrendo aos serviços de comunicação pagos pelo município.

Liliana Silva critica ainda que o município tenha gasto 80 mil euros em publicidade e comunicação nos últimos três meses – 40 mil euros em lonas, 20 mil euros na contratação de um novo fotógrafo e 20 mil euros em mais uma assessoria de imprensa – sem que haja a devida evidência da promoção do concelho e dos seus eventos.

Rui Lages O Nosso Presidente 2025
Outdoor da campanha de Rui Lages às próximas autárquicas

Liliana Silva considerou estranho que o contrato de 40 mil euros feito com uma empresa já tenha dois meses e que até agora não se vejam espalhados outdoors a anunciar eventos do município que justifiquem esse valor, pedindo esclarecimentos.

 

Perante as dúvidas, a vereadora fez por requerimento à Câmara Municipal, um pedido de informações sobre a colocação destes outdoors que “envolve muito dinheiro do erário público”, nomeadamente quais os serviços prestados previstos no contrato com a empresa, quais os outdoors colocados até à data em que localização, e cópias das requisições emitidas para a colocação daquele material publicitário.

 

Rui Lages considerou a intervenção da vereadora da OCP “uma tentativa camuflada” de insinuar que os cartazes da sua campanha para as autárquicas estão a ser pagos pelo município. Ao contrário do que afirma a vereadora, o presidente garante que essas estruturas já estão a ser colocadas para anunciar eventos, dando como exemplo a lona do evento Vila Praia em Flor.

Segundo o autarca só quem está de “má fé é que não vê isto” e garante que a partir de agora muitos outros outdoors vão ser colocados, não só no concelho mas também noutros locais, a anunciar as várias iniciativas programadas para o verão.

 

Quanto à tentativa que, segundo Rui Lages, Liliana Silva tentou fazer de colar os outdoors da sua candidatura à dos eventos da Câmara, o autarca garante que “isso pode ter acontecido no passado”, mas com ele “isso nunca aconteceu nem nunca irá acontecer”.

 

Liliana Silva voltou à carga para dizer que as suas afirmações não se baseavam em tentativas de colagem mas sim em evidências e lembrou o que aconteceu no tempo em que Miguel Alves foi presidente da Câmara e que consta nos autos do processo em que também está envolvida Manuela Couto da empresa “Make it Happen”, que na altura prestava assessoria para a autarquia caminhense.

Processo 1 1
Escutas de Miguel Alves com a empresa ‘Make It Happen’
Processo 2
Escutas de Miguel Alves com a empresa ‘Make It Happen’

A vereadora leu parte das escutas transcritas no processo em que o anterior presidente de Câmara foi julgado e que descrevem a correspondência mantida pelo autarca com aquela empresa, com o intuito de promover a sua candidatura à Câmara Municipal de Caminha nas eleições autárquicas de 2015, recorrendo à assessoria de comunicação paga pelo município. Assessorias que envolviam, segundo Liliana Silva, “a escolha de slogans para a campanha eleitoral, paga por todos nós com os nossos impostos”, acusou.

 

Liliana Silva a acusar o PS, nomeadamente o anterior presidente Miguel Alves, de pagar a campanha eleitoral com dinheiro do erário público.

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