A vereadora da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) pediu, na última reunião do executivo realizada na passada quarta-feira, várias informações à câmara, nomeadamente sobre ordens de pagamento relativas ao mês passado, pagamentos esses que segundo a eleita se replicam noutros meses, e que no total ascendem a mais de 100 mil euros/ano.
Liliana Silva diz querer saber como e onde está a a Câmara a gastar o dinheiro dos contribuintes e por isso endereçou ao executivo vários pedidos de explicações sobre verbas pagas a advogados, comunicação social e também à Confederação Empresarial do Alto Minho – CEVAL.
O primeiro pedido de esclarecimento prendeu-se com pagamentos de quase 2 mil euros mensais efetuados pela Câmara a diferentes órgãos de comunicação social regionais de fora do concelho, os quais, segundo Liliana Silva, não difundem informação municipal devidamente identificada” como é de lei”. A eleita voltou a perguntar quais os critérios para atribuição de informação municipal aos órgãos de comunicação social regionais.
Liliana Silva explicou o porquê das dúvidas em relação a estes pagamentos que segundo as suas contas ascendem a quase 50 mil euros por ano.
Depois dos órgãos de comunicação social, seguiram-se pedidos de informação relativamente à CEVAL, que segundo as ordens de pagamento a que a vereadora teve acesso recebeu da Câmara cerca de 3 mil euros no mês passado. Liliana Silva quer saber o que fez aquela instituição para receber a referida verba. Tal como já tinha feito, a vereadora voltou a solicitar à Câmara o relatório da atividade da CEVAL.
Os mais de 5 mil euros gastos por mês em advogados também suscitou dúvidas na oposição que perguntou ao presidente quais os processos tramitados mensalmente que justifiquem estes valores.
Em resposta às dúvidas levantadas pela vereadora da oposição e centrando-se na questão das assessorias jurídicas, Rui Lages disse não compreender como é que a vereadora afirma não saber quais são os processos tramitados, uma vez que a Câmara fornece em todas as sessões da Assembleia Municipal informação sobre todos os processos. Aliás, sublinhou, “essa informação é obrigatória”.
Liliana Silva voltou ao tema para lamentar que o presidente da Câmara não tenha dado qualquer resposta em relação às duvidas levantadas relativamente aos pagamentos feitos à comunicação social, mas disse que iria aguardar o envio da documentação solicitada.