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Caminha: OCP pede intervenção dos deputados do PSD na AR para desassoreamento urgente do Rio Minho

Pedido de interpelação ao Ministro do Ambiente e Recomendação ao Governo para programação de um desassoreamento urgente do Rio Minho por estar em causa a navegabilidade do Rio Minho

Em nota enviada à imprensa, a Coligação O Concelho em Primeiro informa que enviou uma missiva aos deputados do PSD na Assembleia da República por estarem extremamente preocupados com o estado do assoreamento do Rio Minho.

Referindo-se ao recente anúncio pela Portos de Galicia do início das obras de reparação do cais de atraque de A Pasaxe em A Guarda, e da sua conclusão no início deste verão, que o Jornal C noticiou no passado sábado, Liliana Silva, da OCP, explica que “estrategicamente não se pode pensar só em pôr o Ferryboat a funcionar depois do cais de atraque em La Guardia estar pronto. É preciso pensar no que precisamos de tratar já, no imediato, para que o mesmo o possa fazer em totais condições de navegabilidade.

O concelho de Caminha tem no seu Rio Minho uma das maiores belezas do distrito de Viana do Castelo. Este concelho é foz do Rio Minho e é neste rio que centenas de pescadores tiram o rendimento do seu trabalho.”

Para a Coligação, é urgente “potenciar o capital endógeno da nossa terra, mas para isso, temos que ter condições para tal. Por outro lado, uma vez que somos o único concelho que, vendo Espanha da marginal, não tem uma ligação efetiva que possa unir os dois povos, quer a nível económico, social, quer cultural e desportivo, mais se justifica a importância de assegurar a única ligação que existe, o Ferry Sta Rita de Cássia. Atualmente encontra-se parado porque o cais de atraque no lado espanhol se encontra danificado. Soube-se que o mesmo está a sofrer obras de recuperação e prevê-se que volte ao ativo no início deste verão.”

liliana silva 4 abril 23
Liliana Silva (OCP)

Em entrevista ao Jornal C, Liliana Silva explica a importância de assegurar a dragagem daquele canal antes da conclusão da obra e de accionar os mecanismos nacionais para sensibilizar e acelerar este processo.

 

Liliana Silva refere ainda que a autarquia de Caminha não se pronunciou sobre o assunto e estranha o facto do presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, nem sequer ter conhecimento do arranque das obras no cais de atraque de A Guarda.

 

O Concelho em Primeiro acrescenta ainda a importância desta ligação para a circulação de  peregrinos entre as duas margens em Caminha, depois de “o governo, no ano passado, dando seguimento aos critérios constantes do anexo i do Decreto-Lei n.º 51/2019, de 17 de abril, que visava reconhecer e preservar o património cultural e natural associado ao Caminho de Santiago, certificar o Caminho Português de Santiago – Caminho da Costa como itinerário do Caminho de Santiago.

Neste sentido fica assim reconhecida a importância desta ligação e de dar condições de navegabilidade ao único equipamento público existente e que é o Ferry Sta Rita de Cássia.

Existem ainda empresas privadas que, e muito bem, prestam serviços com embarcações mais pequenas de transporte de peregrinos e graças a eles, o impacto da falta de ligação pelo facto do Ferry estar parado, tem-se minimizado.

Estas empresas vão fazer sempre falta porque o ferry tem horários limitados já por si e tem a agravante de não funcionar à segunda feira.

Ou seja, independentemente do cais em Espanha ficar recuperado e o Ferry voltar a funcionar, o problema da ligação vai manter-se. Esta riqueza e mais valia para o concelho de Caminha fica comprometida com o facto do rio estar praticamente assoreado e o ferry só poder navegar na maré alta, ou então ter que andar às curvas pelo rio a tentar encontrar os pontos mais fundos para não ficar encalhado.”

Segundo Liliana Silva, uma defensora de uma ligação rodoviária efetiva entre o concelho de Caminha e la Guardia “há necessidade de pôr a funcionar o que já existe, para minimizar os impactos sócio-económicos que este problema está a acarretar para o concelho de Caminha.”

 

Perante estes factos, a Coligação O Concelho em Primeiro apela aos deputados do PSD para que interpelem o Ministro do Ambiente e os secretários de Estado do Mar e das Pescas, em sede de comissão parlamentar, para que de alguma forma se possa programar um desassoreamento urgente para o Rio Minho.

Também solicitaram que fosse feita uma recomendação ao Governo para que “olhe para a foz do rio Minho e lhe dê a dignidade e condições que são necessárias para que a economia do concelho possa funcionar em pleno, dando corpo também aos trabalhos de certificação do Caminho de Santiago, uma vez que o mesmo prevê assegurar os serviços de apoio adequados aos peregrinos.

A Coligação O Concelho em Primeiro terá sempre esta postura proativa em defesa do concelho e tudo fará para contribuir para que se resolvam os problemas, porque a prioridade da coligação é o bem e a defesa incondicional do Concelho de Caminha”, acrescentaram ainda.

O Jornal C – O Caminhense questionou o presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, na passada sexta feira, acerca das obras de reparação do cais de atraque de A Guarda e da possível data para conclusão destes trabalhos. Questionou ainda o atual executivo sobre o projeto avançado pelo ex-presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, assumido em campanha eleitoral nas últimas autárquicas, para aquisição de uma embarcação elétrica e do seu financiamento com recurso a fundos do PRR. Hoje, voltamos a questionar o executivo acerca do assoreamento do canal.  Até ao momento ainda não obtivemos resposta.

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