Segundo aquele órgão, para além do caso que foi dado a conhecer esta semana, são recorrentes as situações de agressões naquele agrupamento.
Um outro caso aconteceu há um ano, com uma outra criança, de apenas 5 anos, que era alvo de “bullying” dos colegas por ter um nome diferente do habitual, devido às suas origens. Como reação, a criança começou a ter mau comportamento escolar.
Isto mesmo foi relatado pela própria mãe à Renascença, que preferiu o anonimato. Segundo aquela mãe, a criança “era colocada numa casa de banho ou numa sala, às escuras, de castigo”. E que um certo dia, questionou o filho sobre a origem de arranhões e nódoas negras que tinha no corpo. “As auxiliares apertavam-no e deixaram-lhe vários arranhões, com marcas das unhas. Outra agarrou-o pelas costas, à força, e ele ficou cheio de hematomas”, relatou, lamentando que não tenha havido ninguém na escola que tivesse falado com a criança para saber qual o motivo do seu mau comportamento.
Depois da criança ter revelado a origem desses hematomas, a mãe agiu.
“Quando fui falar com a diretora do agrupamento, ela disse-me que ia contactar a professora e a auxiliar, para marcar uma reunião comigo. Só que a reunião foi adiada, alegando que tanto eu como a auxiliar em causa estávamos chateadas”. Desde então, a reunião ainda não foi remarcada.
Recorde-se que está marcada para esta tarde (17h00) uma nova manifestação, organizada por pais e encarregados de educação, para denunciar estas situações.