O estado de degradação de vários edifícios públicos como é o caso do Pavilhão Desportivo de Vila Praia de Âncora, o Centro Coordenador de Transportes ou as piscinas municipais, foi uma vez mais tema de debate na última reunião do executivo camarário que se realizou na quarta-feira no salão nobre dos Paços do Concelho. O assunto foi abordado pela vereadora da oposição, Liliana Silva, que na sua intervenção no período antes da ordem do dia, lembrou também as várias obras “mal feitas” levadas a cabo pelo executivo socialista e que posteriormente tiveram de ser corrigidas obrigando a gastar dinheiro duas e três vezes na sua correção. O Mercado Municipal, a Marginal de Caminha e a obra no Terreiro, foram alguns dos exemplos deixados por Liliana Silva.
Segundo a vereadora da oposição, Liliana Silva, estes equipamentos deveriam ter manutenção constante, mas tal não acontece o que faz com que alguns se encontrem num estado lastimoso como é o caso do Centro Coordenador de Transportes.
A eleita perguntou se o executivo tinha algum plano de manutenção para aqueles equipamentos.
Liliana Silva falou também do Mercado Municipal de Caminha, de onde se voltaram a soltar pedras da cobertura danificando algumas viaturas que se encontravam no estacionamento. Uma vez que não é a primeira vez que isto acontece, a vereadora perguntou porque é que a Câmara ainda não resolveu a situação.
“Erros de projeto da responsabilidade deste executivo têm custado caro ao erário público”, disse Liliana Silva que deu como exemplo a obra do Terreiro, da marginal, e do aterro na marina em Seixas.
Para terminar os exemplos, a vereadora da oposição lembrou ainda o erro que foi terem alugado a Ínsua por 80 euros por mês para se desenvolver um projeto que contraria o PDM e vai custar caro aos bolsos dos caminhenses.
Em resposta às acusações da vereadora da Coligação, Rui Lages começou por referir que “o maior erro do Mercado Municipal de Caminha foi ter sido provisório durante quase 40 anos”, e a “maior virtude foi a Câmara ter conseguido construir um novo Mercado”.
Quanto às pedras da cobertura que em dias de vento se soltam e danificam os carros, Rui Lages disse estar a ser preparada uma solução para resolver o problema. O autarca refuta a ideia de se tratar de um erro de projeto e explica o porquê das pedras terem sido ali colocadas.
Relativamente à obra do Terreiro, Rui Lages considerou que foi uma obra “bem feita” que resolveu e melhorou as acessibilidades, no entanto lembrou que alguns problemas daquele local se devem também à falta de cumprimento das regras por parte das pessoas, nomeadamente no que toca ao estacionamento.
Quanto à obra da marginal, Rui Lages lamentou que durante anos aquele espaço tenha sido deixado ao abandono.
Para Rui Lages os erros, a existirem, só acontecem quando se fazem coisas e quem toma decisões por vezes erra.
A terminar e referindo-se às intervenções de manutenção que são necessárias fazer nos equipamentos municipais, o presidente da Câmara diz que elas têm vindo a ser feitas “com regularidade” dando o exemplo de alguns parques infantis do concelho e a melhoria da iluminação do Pavilhão Desportivo de Caminha.
Não satisfeita com as explicações dadas pelo presidente da Câmara, Liliana Silva voltou a insistir que a obra do Mercado tem “muito erros de projeto” e não apenas o da cobertura.
Liliana Silva a lembrar uma vez mais os vários erros nas obras levadas a cabo pelo executivo socialista e na necessidade de se fazerem obras de manutenção em alguns equipamentos municipais.
