A Ministra da Habitação, Marina Gonçalves, esteve hoje em Caminha onde presidiu à cerimónia de transferência da gestão de dois imóveis da IP Património para o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e ainda dois contratos de arrendamento para habitação permanente num bairro dos pescadores em Caminha entre a IHRU e o município.
Ultrapassadas as questões burocráticas, a ministra disse que “agora é pôr mãos à obra” para concretizar as obras necessárias para que estas casas fiquem ao dispor de quem delas necessitar.
A passagem da ministra por Caminha teve início no Bairro dos Pescadores, onde visitou um dos dois apartamentos que irão ser intervencionados para posteriormente serem postos no mercado de arrendamento com renda acessível.
De seguida, a comitiva que integrava também o Presidente do Conselho de Administração da IP Património, Carlos Fernandes, e o Presidente do Conselho Diretivo da IHRU, António Leitão, visitou junto à estação dos caminhos de ferro as duas habitações devolutas, propriedade da IP e que também irão ser recuperadas para posterior arrendamento.
Terminadas as visitas, seguiu-se uma sessão protocolar na Biblioteca Municipal de Caminha, onde as várias entidades procederam às assinaturas dos contratos.
Rui Lages, Presidente da Câmara Municipal de Caminha, foi o primeiro a intervir, sublinhando que “habitação não é apenas um teto sobre as nossas cabeças, é muito mais do que isso”.
Face às dificuldades de muitas famílias em terem acesso a uma habitação condigna, o autarca considera que o programa 1º Direito surge “como uma luz ao fundo do túnel.”
Para além dos imóveis que vão ser intervencionados, Rui Lages referiu outros três existentes no concelho de Caminha, junto à Mata Nacional do Camarido, que poderão servir o mesmo fim.
Considerando que casas vazias são motivo de preocupação, o Presidente do Conselho Diretivo da IHRU, António Leitão, elogiou a parceria que está a ser feita entre o estado, as autarquias e as entidades públicas para a reabilitação de imóveis em mau estado ou devolutos. Nesse sentido, e referindo-se às 3 casas devolutas junto à Mata Nacional do Camarido, António Leitão, garantiu que o processo está a ser trabalhado com o ICNF, e muito brevemente estes três imóveis poderão juntar-se ao programa.
Marina Gonçalves, Ministra da Habitação, encerrou a cerimónia referindo o “sabor especial” que era estar em casa a pôr em prática uma política nacional no território. Para a ministra, só com respostas e políticas estruturadas se pode dar resposta às necessidades das populações.
“A política de habitação infelizmente não se faz de um dia para o outro”, sublinhou Marina Gonçalves. “Deve ser feita passo a passo, e hoje foi dado mais um passo. Agora é mãos à obra”, rematou.
Ministra da Habitação, hoje em Caminha, a presidir a assinatura de protocolos no âmbito do Programa 1º Direito.