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Terça-feira, 29 Abril, 2025
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Caminha: Comerciantes contra corte de trânsito no Centro Histórico enviam abaixo assinado ao presidente da Câmara

Medida aprovada pelo executivo vigora aos fins de semana entre as 22h de sexta-feira e as 22h de domingo de 23 de junho a 3 de setembro.

Os comerciantes e moradores da Rua de São João e Praça Conselheiro Silva Torres em Caminha, solicitaram hoje ao presidente da autarquia caminhense, Rui Lages, através de um abaixo assinado com mais de 50 assinaturas, que seja  “de imediato revogada a decisão da alteração temporária da postura de trânsito para trânsito/estacionamento proibido na Rua de São João e Praça Conselheiro Silva Torres, entre a entrada para o parque de estacionamento do tribunal e a Rua Visconde Sousa Rego, aos fins de semana entre as 22h de sexta-feira e as 22h de domingo de 2 3de junho a 3 de setembro do corrente ano”. 

rua s. joão

No documento, aqueles comerciantes pedem que a referida interdição “apenas seja aplicada em ocasiões excecionais a justificar pelo Município, nunca menosprezando o interesse da atividade comercial e moradores instalados nestas artérias de Caminha, depois de devidamente avisados“.

No abaixo assinado, os donos dos estabelecimentos comerciais daquelas artérias apresentam vários motivos que no seu entender justificam o levantamento da medida aprovada na reunião do executivo camarário de 29 de junho, desde logo o facto da mesma ter sido tomada sem qualquer pré aviso ou auscultação dos comerciantes e moradores.

Segundo explicam, “o corte de trânsito e proibição de estacionamento não favorece o comércio local nem aumenta a circulação pedonal nestas artérias, como ficou confimado no passado fim-de-semana de 23 a 25 de junho, com a diminuição imediata da afluência de pessoas e consequente diminuição da faturação dos estabelecimentos”, referem.
Os prejuízos, afirmam, “são ainda mais significativos e com maior impacto nos
meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro, meses fundamentais para o comércio local influenciado pela sazonalidade do negócio no concelho de Caminha”.

As perdas da falta de negócio provocadas pelo “pouco movimento
obrigarão” garantem os comerciantes,  “a cortes nos horários de funcionamento dos estabelecimentos e ao despedimento de funcionários, contribuindo também para a desertificacão destas artérias à semelhança do que já acontece noutras ruas do concelho de Caminha”, apontam.
Os proprietários das lojas instaladas naquele local não têm dúvidas que “a descapitalização dos negócios instalados nesta área levará ao encerramento de várias lojas âncora do concelho de Caminha instaladas nesta área, empobrecendo a vida da sede do Municipio de Caminha”.

Com esta medida agora aprovada pela Câmara não serão apenas os comerciantes a serem lesados, “serão também os clientes dos nossos estabelecimentos, que não visitam o centro histórico só por motivos turísticos mas sim para fazer as suas compras habituais, levando as pessoas a buscar alternativas em locais concorrentes, causando dificuldades ainda maiores a pessoas com dificuldades de mobilidade ou
no transporte de mercadorias”, acrescentam.

Os mais de 50 comerciantes e moradores sublinham ainda que a restrição ao trânsito e a consequente perda de movimento “causa avultados prejuízos financeiros” aos seus negócios “que também se alavancam com o movimento dos fins de semana e diminui a possibilidade de captar novos negócios ou investimentos tão necessários à dinamização do centro histórico, com inúmeros sinais de deterioração da actividade económica”, concluem.

Coligação OCP propôs discussão da decisão na reunião de Câmara da  próxima quarta-feira

Entretanto e tal como  Jornal C noticiou no passado dia 29 de junho, a Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), que está contra esta deliberação camarária, enviou uma proposta com vista à revogação da deliberação  tomada na reunião de Câmara no passado dia 21 de junho de 2023,  relativa à alteração da postura de trânsito estacionamento automóvel na Rua de São João e Praça Conselheiro Silva Torres, na UF de Caminha e Vilarelho entre as 22 horas de sexta-feira  e as 22 horas de domingo.

Segundo a Coligação de direita, “a proposta de revogação desta deliberação prende-se com o facto dos comerciantes não terem sido ouvidos e ter tido um impacto negativo brutal junto dos mesmos logo no primeiro fim de semana em que foi implementado”, apontam.

“Não se entende como se tomam medidas sem ouvir os principais interessados. Os prejuízos económicos foram avultados, segundo se constatou, logo no primeiro fim de semana e tal é injustificável”, afirmam.

 

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