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Sexta-feira, 5 Julho, 2024
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Caminha/A Guarda: Ferry Boat está e vai continuar parado por tempo indeterminado

Com a questão da regularização do cais de atraque na margem galega praticamente resolvida, a embarcação enfrenta agora outros problemas, o excesso de areia acumulada no rio Minho que inviabiliza que o ferry possa navegar e fazer a travessia entre as duas margens e falta de financiamento para a dragagem.

O presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages (PS), quer saber a quantidade de areia que é preciso retirar do rio Minho para que o ferry boat Santa Rita de Cássia, parado há 3 anos, possa voltar a navegar e assim assegurar a ligação entre as duas margens (Caminha e A Guarda).

Para isso, o autarca Caminhense diz já ter pedido à Direção Geral dos Recursos Marítimos – DGRM, para fazer essa quantificação.

Logo que seja conhecida a quantidade de inertes a retirar e onde, o autarca diz que vai ser necessário encontrar financiamento para fazer a dragagem. Mas Rui Lages lembra que essa operação não deverá ser suportada apenas pela autarquia Caminhense já que estamos perante um curso de água com impacto regional, mas também nacional e internacional.

Esta informação foi avançada ontem pelo presidente da Câmara no decorrer  da reunião da Assembleia Municipal de Caminha em resposta ao deputado da OCP Luís Alexandre que questionou este assunto.

Na sua intervenção, Rui Lages começou por fazer um breve historial das razões que levaram à paragem do ferry nos últimos 3 anos.

Como sabemos o ferry boat neste momento encontra-se parado e já está parado há muitos anos. Inicialmente foi por causa da Covid 19 e do encerramento de fronteiras, e depois por causa do pontão de A Guarda estar inoperacional por não apresentar segurança para receber a embarcação. Passados estes 3 anos a embarcação encontra-se parada no mesmo local e quem está mais atento já deve ter percebido o estado de assoreamento que o nosso rio apresenta e também o cais de atraque do lado de Caminha onde o ferry se encontra. Numa maré baixa é possível ver que o ferry não está a flutuar mas sim assentado num banco de areia“, explicou Rui Lages.

Segundo o presidente da Câmara existem vários problemas para resolver, desde logo a questão da divisão das despesas com as dragagens que serão necessárias fazer para que o ferry volte a navegar.

“Nós temos que resolver vários problemas, o primeiro prende-se com o assoreamento do rio Minho. Permitam-me dizer em relação a está matéria que eu acho que não deve ser o município de Caminha, sozinho, a suportar as despesas deste desassoreamento. Como sabem este rio é internacional e tem diversas jurisdições. O impacto que tem este rio, pelas suas características,  não é meramente local, é nacional e internacional”.

Para Rui Lages “é um desiderato da Câmara de Caminha conseguir financiamento para a dragagem do rio Minho, mas primeiro temos que saber quantos metros cúbicos terão que ser extraídos. Por isso mesmo já solicitei à DGRM que pudesse fazer o cálculo dos inertes que terão de ser removidos, em que locais, por forma a que o ferry possa navegar sem problemas”, concluiu.

Depois desta informação, cai por terra a hipótese do ferry poder vir a funcionar ainda este verão ,quando foi assumido que a a retoma das carreiras dependia apenas da conclusão das obras de reparação do cais de atraque na margem espanhola a cargo da Portos de Galicia.

O estado de assoreamento em que se encontra o rio Minho, e que inviabiliza a navegação da embarcação, foi uma preocupação manifestada pela Coligação OCP em Abril deste ano. Aquela coligação de direita pediu mesmo a intervenção dos deputados da Assembleia da República e do Governo para que fosse programado um desassoreamento urgente por estar em causa a navegabilidade.

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