O Governo quer encerrar o Centro de Segurança Social de Vila Praia de Âncora que serve dois concelhos e atende mais de 70 pessoas por dia. O alerta é lançado pelo presidente da Câmara de Caminha, mas o PSD local vem a público desmentir o autarca e garantir que a intenção do Governo é apenas deslocalizar o serviço dentro da própria vila.
Durante a reunião da Câmara de Caminha realizada na tarde de ontem, o presidente da autarquia, o socialista Miguel Alves, anunciou que o problema já é conhecido há algum tempo, mas que a Câmara tentou resolver a situação de forma discreta.
Liliana Silva, vereadora do PSD na autarquia e presidente da Comissão Política concelhia dos sociais democratas, garantiu esta manhã aos microfones da Rádio Caminha que a intenção do Governo não é encerrar o serviço e que quem procurou desde o início encontrar uma solução para o problema foi o director do Centro Distrital de Segurança Social, o também social democrata Paulo Órfão.
O Governo evoca as rendas excessivamente caras que paga pelo espaço ocupado pelo centro de segurança social em Vila Praia de Âncora e já resolveu o contrato, que termina em Dezembro. Um serviço que dá resposta à população do vale do Âncora e do concelho de Caminha e de Viana do Castelo, empregando cinco pessoas que fazem mais de 70 atendimentos diários. “O grande problema são as rendas avultadas que é difícil continuar a pagar”, sublinhou durante o encontro camarário a vereadora do PSD Liliana Silva.
Um serviço que o presidente da Câmara de Caminha entende essencial ao concelho numa altura que há mais de 800 desempregados no município e um número crescente de beneficiários do Rendimento Mínimo de Inserção.
Miguel Alves anunciou que reuniu com o director com o centro distrital de Viana do Castelo, mas chamou a si os louros de tentar encontrar uma solução para o problema, que passará pela cedência de um imóvel municipal a título gratuito à Segurança Social.