Foi uma das propostas que gerou mais controvérsia na última reunião da Câmara de Caminha. A equipa socialista que lidera o executivo apresentou a proposta, que acabou por aprovar por maioria, para alterar as normas e o regulamento do desfile nocturno de Carnaval que todos os anos anima a vila sede do concelho. A alteração visa criar um prémio específico no valor de 1850 euros para grupos compostos por mais de 15 pessoas, como é o caso das comparsas vindas da vizinha Galiza.
A proposta gerou controvérsia, com a vereadora do PSD Liliana Silva a acusar o executivo de estar a “descaracterizar” o Carnaval tradicional de Caminha e a “beneficiar” os grupos espanhóis. A autarca acusou a equipa de Miguel Alves de estar a tentar “mercantilizar” o Carnaval caminhense.
Em comunicado posterior à reunião de Câmara, a concelhia do PSD de Caminha acrescentava que “com a introdução destas comparsas, que mais não são do que uma imitação de outros Carnavais, o cortejo de Carnaval de Caminha jamais entrará na Rua direita, porque os camiões que acompanham estas comparsas não cabem naquele local”.
Durante a reunião do Executivo, o presidente da Câmara, o socialista Miguel Alves, defendeu ser esta a fórmula encontrada para tentar “proteger” os concorrentes individuais e os pequenos grupos que participam no Carnaval de Caminha e que, até agora, eram “abafados” pelas comparsas. Assim, em 2015 vai haver prémios para todos, cada um na sua categoria.
As alterações foram aprovadas pela maioria socialista, com os votos contra do PSD.