O município de Caminha informou, através de comunicado que conseguiu finalmente inverter a espiral de endividamento excessivo que levou, em 2012, o executivo de então a recorrer ao PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, “injetando cerca de 2,3 milhões de euros no seu orçamento, mas contraindo também uma nova dívida, que está a ser paga, e que obriga os cofres municipais a encargos durante mais de uma década”, refere o comunicado.
A notícia foi confirmada no último fim de semana, através da divulgação da lista de municípios, onde se inclui Caminha, que, no final de 2016, conseguiram cumprir os limites de divida que a Lei das Finanças Locais lhes impõe e saíram assim das condicionantes de gestão a que estavam obrigados pelo Programa.
Segundo a autarquia, “o esforço na diminuição do endividamento e no reequilíbrio das contas municipais tem sido um dos grandes objetivos do executivo”.
Nos últimos quatro anos, a dívida bancária diminuiu, avança a Câmara, em 24%, sendo que, à data de 1 de outubro de 2013, essa dívida era de quase 7,3 milhões de euros.
Segundo Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha este “é um esforço silencioso e de formiguinha, mas foi o que permitiu ao Município sair do vermelho em termos de endividamento”. Miguel Alves sublinha, porém, que o problema do endividamento não está resolvido e o esforço tem de continuar, para que o Município de Caminha possa ter uma situação financeira realmente saudável.