O Bloco de Esquerda de Caminha que nas eleições do passado domingo perdeu o seu único deputado na Assembleia Municipal de Caminha, já reagiu aos resultados eleitorais.
Em comunicado enviado às redações, o BE de Caminha considera que as eleições autárquicas mediram “a quantidade dos votos mas não a qualidade nem a coerência de princípios”.
Para aquele partido, “a perda em quantidade de votos não constitui uma derrota, embora à primeira vista tal possa parecer, porque derrota seria se nos sentíssemos derrotados ou obrigados a deitar fora os nossos princípios, para escolher outros mais afins das quantidades. Isso não sucedeu”, garantem.
No entender do BE “há aqueles que só existem por serem muitos, por viverem nessa abundância da quantidade, independentemente da defesa intransigente dos valores fundamentais, camaleonicamente se ajustando à fome da voracidade dos votos”, acusam.
“Os elementos do Bloco de Esquerda no Concelho de Caminha não vivem nesse fio da navalha, não se deixam ir na corrente das modas, nem nos ventos das promessas fáceis, comprometendo a nossa consciência em troca da quantidade. Todos aqueles que votaram no Bloco de Esquerda fizeram-no porque partilham os nossos princípios de qualidade e não de quantidade. Pelo contrário, todos aqueles que preferiram fazer outras escolhas, fizeram-no seduzidos pelas ruelas estreitas e pelos atalhos, esquivando-se às caminhadas mais longas e demoradas, por receio do cansaço”, apresenta aquela força partidária.
Para o BE “a mudança não é um lema exclusivo para usar e deitar fora em campanhas eleitorais, é um lema que tem de ser de vida e que exige não só paciência, mas integridade, para que possa ser alcançada. Este grupo de cidadãos do concelho de Caminha, apesar de todas as contrariedades, ainda assim, mantiveram-se focados, esforçados e escolheram acompanhar-nos, mantendo-se fieis à missão e à responsabilidade, assim contribuindo para a preservação da integridade do coletivo, amparando esta qualidade da permanência naquilo que se revela ser uma verdadeira e esmagadora vitória que não se mede, porque não se pode medir, que não se pesa, porque não se pode pesar, nem se conta, porque as convicções são assim: grandes, tamanhas e bem resilientes”.
Apesar de ter perdido a representação nos órgãos municipais do concelho de Caminha, diz o BE que “estes cidadãos que constituem o Bloco de Esquerda no Concelho de Caminha, não perderam as suas convicções, não perderam nenhum dos seus princípios, não perderam nada nem, muito menos, saem derrotados”.
Assim os elementos do Bloco de Esquerda no Concelho de Caminha, garantem que vão continuar a sua ação neste município “com idêntica qualidade e sem hesitação na sua intervenção, porque o Bloco continua a ser necessário”, concluem.



