A Associação dos Bombeiros Voluntários de Caminha foi obrigada a adquirir, sem qualquer comparticipação, uma nova ambulância de emergência para a Corporação, uma vez que a existente já tem mais de 16 anos. Segundo o novo protocolo assinado em Fevereiro deste ano entre o INEM e a Liga dos Bombeiros Portugueses, nenhuma viatura de emergência com mais de seis anos pode prestar serviço. O INEM, até aqui, comprava as ambulâncias e cedia-as aos bombeiros. Segundo o novo protocolo, a direção do instituto vai passar a pagar um prémio mensal às associações – cerca de dois mil euros no caso de Caminha – e estas comprometem-se a renovar a frota de ambulâncias a cada seis anos.

Casimiro Lages, Presidente da Direção da Corporação caminhense lembra que o protocolo com o INEM já dura há trinta anos e acusa aquele instituto de, de um momento para o outro, alterar as regras com um novo protocolo que em nada veio beneficiar as associações de Bombeiros.
O Presidente da Corporação caminhense lembra que a contrapartida do INEM, no valor de dois mil euros, não é suficiente para adquirir à cabeça uma nova ambulância, que custa 90 mil euros, já que a que se encontra ao serviço, ao abrigo do novo protocolo não pode operar uma vez que tem mais de 16 anos.
Para conseguir parte da verba para adquirir a nova ambulância, os Bombeiros de Caminha andaram pelas freguesias a fazer um peditório, tendo conseguido angariar 15 mil euros.
Quanto ao novo protocolo que Casimiro Lages foi obrigado a assinar sob pena de acabar em Caminha o serviço de emergência, o dirigente reitera que em nada veio beneficiar a Corporação. A Direção não descarta a possibilidade de ter de contrair um empréstimo para conseguir a totalidade da verba da nova ambulância que adquiriram.
Recorde-se que o INEM e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) assinaram em fevereiro deste ano, um Acordo de Cooperação, que estabelece novas condições financeiras e técnicas para o socorro médico pré-hospitalar, incluindo a inclusão das motas de emergência dos bombeiros e a atualização de valores para Postos de Emergência Médica (PEM), visando reforçar os meios e a qualidade do apoio às populações.
O novo protocolo entre o INEM e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) mudou o sistema integrado de emergência médica. O objetivo foi não só mudar o modelo de compra das ambulâncias, mas também fazer com que cada corpo de bombeiros que tenha uma ambulância INEM se comprometa a ter pelo menos uma das viaturas a circular com menos de seis anos ao serviço.
O INEM, até aqui, comprava as ambulâncias e cedia-as aos bombeiros. Segundo o novo protocolo, a direção do instituto vai passar a pagar um prémio mensal às associações e estas comprometem-se a renovar a frota de ambulâncias de emergência.



