1.2 Milhões de Euros é o orçamento do estaleiro de A Guarda para a reparação da embarcação Ferry Boat Sta. Rita de Cássia, que está fundeado naquele estaleiro desde 25 de Julho deste ano. A confirmação foi dada hoje ao Jornal C – O Caminhense por Liliana Silva, presidente da Câmara Municipal de Caminha, que já está a estudar, juntamente com o seu homólogo de A Guarda, Roberto Carrero, outra solução para retomar as travessias já em Março de 2026, com uma outra embarcação.
Por dia, o Ferryboat fundeado custa ao município 75 euros, cerca de três mil euros por mês, pelo que é urgente tomar uma decisão, uma vez que o valor já ascende a cerca de quinze mil euros – isto a somar aos 39 mil euros do reboque do Ferryboat em Julho.
O desassoreamento do Rio Minho também já está a ser estudado e é vontade do governo avançar, garante a autarca, o que deverá acontecer no prazo máximo de dois anos. O assunto vai à próxima Cimeira Ibérica já em Janeiro do próximo ano.
Em entrevista hoje ao Jornal C, Liliana Silva revela que o orçamento do estaleiro de A Guarda é “avassalador” para o concelho de Caminha e que “foi com muita tristeza que recebeu o relatório”. Segundo a presidente da Câmara, a embarcação não tem condições de navegação e “o valor avultado de 1.2 milhões de euros não parece viável para a sua reparação”. Contudo, a decisão terá de ser tomada o quanto antes, “ainda no mês de Dezembro ou até ao início de Janeiro”, disse.
Ter o Ferryboat fundeado no estaleiro de A Guarda custa ao município cerca de 75 euros por dia, cerca de três mil euros por mês. Recorde-se que a Câmara Municipal de Caminha, com o anterior executivo liderado por Rui Lages, gastou 39 mil euros em Julho para rebocar o Ferryboat Sta. Rita de Cássia para avaliar o estado da embarcação. No próximo dia 25 de Dezembro, pelas nossas contas, a despesa da estadia da velha embarcação no estaleiro de A Guarda ascenderá os 50 mil euros.
Liliana Silva diz ter recebido o relatório uma semana e meia depois da tomada de posse – sem esclarecer se tomou conhecimento pelos funcionários do município ou pelo estaleiro -, pelo que deduz que o orçamento já seria do conhecimento do anterior executivo.
Autarcas de A Guarda e Caminha negoceiam nova embarcação para retomar a travessia em Março de 2026
A edil já está em negociações com alguns parceiros e reunirá em breve com o seu homólogo de A Guarda, Roberto Carrero, para tentar retomar as travessias com uma outra embarcação, de 60 a 70 passageiros – sem carros, e assegurar o transporte do lado de lá, do cais de atraque ao concelho.
Liliana Silva espera retomar as travessias entre as duas margens já em Março de 2026.
Desassoreamento do Rio Minho vai à Cimeira Ibérica de Janeiro
Quanto ao desassoreamento do Rio Minho, para a presidente da Câmara há boas notícias para os caminhenses: “a APA está a trabalhar numa solução, o assunto vai à Cimeira Ibérica do próximo ano e o desassoreamento será efetuado no prazo máximo de dois anos”.
Em relação à ligação efetiva entre as duas margens, a questão já está a ser tratada, garante Liliana Silva. A autarca já reuniu com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e com a IP – Infraestruturas de Portugal. “Há vontade por parte do governo”, afirmou.
A referida ligação efetiva ainda não vai a esta Cimeira Ibérica, que acontece já em Janeiro de 2026. Mas Liliana Silva está confiante de que o tema será abordado na próxima edição.
Liliana Silva, presidente da Câmara Municipal de Caminha, em entrevista exclusiva ao Jornal C – O Caminhense.



