A Junta de freguesia de Vila Praia de Âncora lançou hoje um aviso à população a alertar, entre outros problemas, para a falta de intervenção por parte da Câmara Municipal de Caminha, enquanto entidade responsável pela limpeza do espaço público, nas faixas de proteção da área geográfica de Vila Praia de Âncora, desde a freguesia de Vile até Moledo, abrangendo toda a zona rural da sua freguesia, como o Calvário, Vilarinho, Rua 25 de Abril, antigas pedreiras dos Aurélios e a área a norte da rotunda da A28.
A instalação de válvulas redutoras de pressão nas condutas de abastecimento de água que reduziu drasticamente a pressão disponível nos marcos de incêndio, especialmente nas zonas mais altas da freguesia, é outra das preocupações da junta de Vila Praia de Âncora, que lamenta também que o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Caminha, aprovado para o período 2016-2020, se encontre caducado e desatualizado, sem que tenha sido apresentado qualquer plano substituto devidamente estruturado.
Em entrevista ao Jornal C, Carlos Castro, presidente da junta de freguesia de Vila Praia de Âncora, denuncia estes problemas e acusa a Câmara de nada fazer para os resolver.
Apesar dos muitos ofícios e comunicações feitos pela junta ao município, a Câmara de Caminha não responde nem resolve o problema, como adianta Carlos Castro.
A agravar a situação, diz o presidente da Junta, a ADAM instalou válvulas redutoras de pressão nas condutas de abastecimento de água que reduziram drasticamente a pressão nas condutas e nos marcos de incêndio. Mais um problema reportado pela Junta à Câmara Municipal e à ADAM que até ao momento nada fizeram, garante o autarca.
Para Carlos Castro, é igualmente inaceitável que o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Caminha se encontre caducado e desatualizado.
E se no verão o problema são os incêndios, no inverno são as cheias que ameaçam a segurança de pessoas e bens naquela freguesia. A falta de limpeza de linhas de água em certas zonas da freguesia têm causado inundações e inúmeros prejuízos para os comerciantes junto à superfície comercial Continente.
A Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora exige assim que a Câmara cumpra integralmente as suas obrigações legais, procedendo às limpezas e gestão das faixas de proteção. Carlos Castro lamentou que a Câmara de Caminha não tenha aproveitado verbas do PRR para proceder à limpeza dos terrenos, ao contrário do que aconteceu com municípios vizinhos.
Carlos Castro exige ainda que a Câmara atualize com urgência o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, implemente um plano estruturado de prevenção e mitigação de riscos, resolva, em articulação com a ADAM – Águas do Alto Minho, o grave problema da falta de pressão nos marcos de incêndio e que garanta a segurança das populações, através de uma gestão territorial eficaz, sustentada e responsável.
O Jornal C – O Caminhense já contactou a Câmara Municipal de Caminha para pedir uma reação a este assunto mas até ao momento não obtivemos resposta.