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Terça-feira, 29 Abril, 2025
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País: Situação normalizada nos hospitais após milhares de adiamentos na 2ªfeira devido ao apagão

O corte generalizado de energia de segunda-feira obrigou a adiar milhares de consultas, cirurgias e tratamentos que terão de ser reprogramados em vários hospitais, mas hoje a atividade já regressou ao normal, segundo os administradores hospitalares.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, disse que não foi preciso desmarcar a atividade programada para hoje e que as unidades terão agora de recuperar o que foi perdido na segunda-feira.

“Os doentes de ontem [segunda-feira] vamos remarcar e estamos hoje mesmo a apurar essas listas e a remarcá-las, em conjunto com as nossas equipas e com os nossos médicos”, disse.

O responsável explicou que houve alguns momentos tensos na segunda-feira por causa da necessidade de reabastecimento de combustível para os geradores dos hospitais, pois nem todos tinham a mesma autonomia.

“A partir do momento em que aconteceu a falha, todos os hospitais começaram a tentar perceber qual era a sua autonomia, qual a quantidade de combustível que tinham em ‘stock’, e as situações não eram iguais. Tínhamos hospitais com ‘stocks’ mais pequenos e, portanto, com menos capacidade de aguentar os geradores até mais tarde”, explicou o responsável, acrescentando que a coordenação com as diversas autoridades para reabastecer “correu bem”.

Disse ainda que o reabastecimento “foi sendo discutido com a Proteção Civil e com o Governo”, que “assumiu desde logo a prioridade de abastecer os hospitais e abastecer de forma prioritária os que não tinham ‘stocks’ de combustível ou tinham stocks mais ‘baixos’”.

“Foi um processo muito tenso. Quando se percebe que os geradores têm um prazo expectável a partir do qual irão parar, não tendo a certeza de que vai ser reabastecido, é sempre um momento muito tenso”, contou.

Xavier Barreto disse que houve uma “estreita articulação” entre a Proteção Civil, o Governo, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, municípios e bombeiros e que “não houve nenhuma falha grave com consequências para os doentes”.

Explicou igualmente que os hospitais, quando perceberam o que estava a acontecer, “desligaram todas as áreas que não eram críticas”, como as consultas, o ambulatório, hospitais de dia e áreas de apoio, como lavandarias e cozinhas.

“A energia disponível nos geradores e nas baterias tem de ser guardada para os doentes críticos”, acrescentou o responsável, reconhecendo: “Claro que isto depois tem consequências a nível da forma como o hospital funciona, que estamos agora a resolver”.

Olhando para o dia de segunda-feira, Xavier Barreto diz que “dentro dos constrangimentos que os hospitais tiveram, num dia “muito, muito difícil”, a resposta “foi satisfatória” pois a situação “não teve impacto nos doentes”.

Disse ainda que hoje “está tudo normalizado”, reconhecendo que há pequenas coisas a recuperar, como “máquinas que não ligaram” ou “disjuntores que não estão a funcionar”.

“Há coisas que estamos a recuperar e estamos a fazê-lo ao longo da manhã, mas nada de grave. A atividade está toda a ser feita”, acrescentou.

O corte generalizado de energia afetou na segunda-feira a Península Ibérica e parte do território francês.

Numa informação divulgada ao início da manhã de hoje, o operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu que a rede está reposta a 100% e normalizada.

 

Lusa

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