“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”
António Machado Ruiz, Cantares
Um Caminho para Caminha
7. Organização Municipal
a) Avaliação e Diagnóstico
Quando se pensa em Organização de uma Câmara Municipal, como de uma empresa, o primeiro que se procura é o Organigrama. No site da Câmara Municipal de Caminha, se existe, está bem escondido.
Depois, procura-se o Balanço Social, o último é de 2020.
De seguida procura-se nos documentos do site e outros, o número atualizado de funcionários e adivinhem, não está visível em nenhum documento, por exemplo à data de 31 de Dezembro de 2024.
Bastariam estes 3 indicadores para perceber que a organização e gestão dos serviços e Recursos Humanos da Câmara Municipal de Caminha dos últimos 12 anos, só tiveram uma lógica: aumentar o recrutamento e o número de funcionários que já ultrapassará os 350 e ir cumprindo os requisitos legais mínimos.
Nas mãos de Dirigentes Políticos impreparados e incompetentes, nestas áreas como noutras, como pode o Concelho progredir se aqueles nem a própria casa sabem organizar?
É por isso urgente para qualquer que seja o executivo camarário que saia das eleições, fazer uma avaliação e diagnóstico de toda a organização e recursos humanos municipais.
E é do próprio interesse dos bons profissionais da Câmara Municipal, que certamente são a maioria, que tal avaliação e diagnóstico sejam realizados por uma entidade independente sem travas político-partidárias ou sindicais, sem manipulações nem subterfúgios.
Hoje os serviços municipais subcontratam cada vez mais tarefas e funções, muito mais do que há 10, 20 ou 30 anos. Tem muitos mais funcionários. Portanto, só precisam de ser melhor organizados, formados, motivados e avaliados.
350 funcionários, mais vereadores, assessores e avençados, que custam dos impostos dos Caminhenses e dos portugueses, mais de 8 Milhões de euros por ano, tem que apresentar resultados e servir os munícipes com empenho e brio.
É responsabilidade do executivo municipal que a maior organização do Concelho, seja um exemplo, não apenas do cumprimento da lei mas de bom serviço e rigor.
Carlos Novais de Araújo
24 de Abril de 2025