Em nota enviada hoje à imprensa, a Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) acusa a Câmara de Caminha de não avisar ou convidar os empresários de Caminha para uma sessão de auscultação da Adriminho, como aconteceu nos municípios vizinhos onde empreendedores foram convidados a assistir à sessão e até dar o seu testemunho.
“Hoje decorreu uma sessão aberta promovida pela Adriminho em parceria com a Câmara Municipal de Caminha, para auscultar sobre a estratégia de desenvolvimento local do vale do Minho para financiamentos futuros no âmbito do quadro 2030.
A Câmara de Caminha, usa as suas redes sociais para promover politicamente Rui Lages e seus vereadores, fazendo da página do Facebook do Município uma página digna de revista cor de rosa.
Infelizmente não usam a página para informar os empresários e investidores sobre sessões que possam ser do seu interesse.
Mais grave, quando numa sessão que serviu para perceber qual a estratégia que pode haver para todo o vale do Minho, o sr presidente Rui Lages nem compareceu, tendo enviado uma vereadora que nada tem a ver com a área e pouco sabe sobre criar empresas, acorrer a fundos comunitários ou estratégias para o concelho.
A Própria Adriminho lamentou, durante a sessão, a falta de diálogo que tem havido com a câmara de Caminha e o afastamento desta.”
Por isso, afirmam os eleitos da coligação “houve investimentos em vários projetos em concelhos do Vale do Minho com o apoio da Adriminho e para Caminha não veio nada.
Inclusive existiram financiamentos para património histórico que os outros municípios não deixaram perder, mas em Caminha não houve diálogo nem projetos. Um vazio que tem marcado os últimos 10 anos de gestão.”
Os empresários não foram avisados, segundo a Coligação pôde apurar. “Nos concelhos vizinhos, tiveram o cuidado de convidar todos os parceiros empresariais dos seus territórios, contrariamente a Caminha em que encheram um auditório praticamente só com funcionários da câmara. Ninguém sabia desta sessão, o que é lamentável, pois só uma estratégia definida depois de ouvir os atores no terreno é que pode ter sucesso.
Aliás, falando-se tanto nesta sessão sobre agricultura, a Coligação lamenta que não houvesse um único agricultor presente. Perguntamos se a Câmara quererá continuar a querer pensar pela cabeça de todos e não sejam capazes de ter a humildade de ouvir quem realmente conhece a área”, reitera a OCP.
A Coligação defende que “a estratégia local do Vale do Minho (numa estratégia conjunta para todos os municípios), no que a Caminha diz respeito também, uma vez que a Adriminho apontou o caminho da ruralidade, é que deveria haver uma promoção concreta dos produtos endógenos da região e da cada concelho em particular, nomeadamente de Caminha que tem produtos de várias áreas, desde gastronómicos até ao artesanato, que têm muito valor e qualidade e não são promovidos.
Por outro lado deveria haver uma estratégia conjunta de todos os municípios ribeira Minho para a certificação do peixe do Rio Minho, pela excelência deste pescado. Com direito a selo de origem de captura e qualidade.
Por fim, a promoção dos Caminhos de Santiago tem que estar em cima da mesa e ser atualizada, repensada e relançada, porque, infelizmente o “Caminho” certificado pelo próprio Governo português, no nosso concelho, está a ser adulterado pondo em causa toda uma estratégia definida.
OCP”