As Piscinas Municipais de Vila Praia de Âncora encontram-se encerradas, ao que se sabe, por causa de estragos provocados pela intempérie do passado dia 1 de Janeiro. E dizemos ao que se sabe porque até ao momento a Câmara de Caminha não deu qualquer explicação nem fez qualquer comunicação à população sobre o seu encerramento. Não se sabe o que lá aconteceu, qual o problema e a sua dimensão, quanto tempo vai estar encerrada, quanto vai custar o arranjo e quem vai pagar.
O tema foi abordado na última reunião da Assembleia Municipal de Caminha pelo presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, Carlos Castro, e também pelo seu colega de Riba de Âncora, Paulo Alvarenga.
Do complexo das piscinas municipais apenas se sabe que foi recentemente aberto um concurso público para um espaço de cafetaria que se encontra disponível, concurso esse que suscitou algumas dúvidas ao presidente da Junta.
Carlos Castro perguntou ao executivo para quando estava prevista a reparação do sistema de monitorização daquele complexo e aproveitou para questionar também sobre um anúncio publicado na página da autarquia referente a um concurso de arrendamento de um espaço destinado a cafetaria naquele complexo de piscinas.
“Gostaria de saber o motivo de tanta pressa para o referido concurso ter aberto na passada sexta-feira à tarde, dia 24 de fevereiro e encerrar no dia 28. Estamos a falar de apenas 4 dias, incluindo sábado e domingo”.
Em resposta, Rui Lages explicou que o concurso público que a Câmara abriu, aberto a quem quisesse concorrer, tinha sido aprovado em reunião do executivo. O autarca disse não saber o ponto de situação do mesmo, mas considerou ser um bom sinal haver este tipo de concurso quando existem espaços disponíveis.
Relativamente à curta duração do concurso para arrendamento do espaço de cafetaria, apenas 4 dias, o chefe do executivo caminhense nada disse.
Quanto à reparação do sistema de monitorização o presidente da Câmara nada disse, mantendo-se o silêncio à volta do encerramento das piscinas.
Mas o assunto não morreu aqui com o presidente da Junta de Freguesia de Riba de Âncora, Paulo Alvarenga, a insistir nesta questão que o está a preocupar.
“Tal como o senhor presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, eu também estou muito preocupado com a questão das piscinas de Vila Praia de Âncora. Sabe-se que os estragos na parte inferior do edifício, onde estão colocadas as máquinas, foram grandes. A este propósito eu queria perguntar ao senhor presidente da Câmara quanto é que vai custar esse estrago e porque é que isto aconteceu. Eu queria também saber se num edifício que vai custar ao município cerca de 19 milhões de euros foram acauteladas as bombas de extração de água cuja função é emitirem um alerta quando os níveis da água sobem. Queria também saber se no local existe um gerador para quando falta a luz essas bombas possam funcionar.
Afinal este equipamento existe nas piscinas municipais? estava avariado? Se não existe é muito grave porque estamos a falar de uma obra de, repito, 19 milhões de euros”.
Mais uma vez várias perguntas que ficaram por responder mantendo-se o silêncio da Câmara de Caminha em relação ao encerramento das piscinas.
A autarquia não veio a público dar nenhuma explicação sobre o que lá se passou ao contrário do que fez com outros locais e infraestruturas que também foram afetadas pelo mau tempo.
