O Movimento “Mulheres à Serra” aproveitou a deslocação do Presidente da República esta manhã à freguesia de Venade, para lhe entregar uma Carta Aberta chamando a atenção para o projeto de mineração na Serra d’Arga.
Liliana Silva, vereadora da Câmara de Caminha (PSD) e membro daquele movimento, explicou ao Jornal C que a carta entregue ao presidente da República, “faz uma retrospectiva de todo o processo desde 2016, altura em que o programa nacional de exploração mineira foi aprovado, até 2019, altura em que foi lançado o concurso público”, explicou.
Apesar desta mesma carta já ter sido enviada ao anteriormente ao chefe de estado, Liliana Silva diz que a mesma nunca lhe chegou às mãos.
“Foi por isso que hoje decidimos entregar-lha em mãos uma vez que estamos em 2021 e continuamos com o mesmo problema”, disse.
O presidente da República recebeu das mãos de Liliana Silva a referida carta e repetiu aquilo que já tinha dito no dia anterior, que estava convicto de que este programa de mineração para a Serra d’Arga não iria avançar.
Sobre as declarações do presidente da República, Liliana Silva considerou que elas mostram de que lado está o presidente da República.
“Eu penso que aquilo que o Presidente da República pretendeu com as suas afirmações, foi passar uma mensagem clara ao país de que poderá estar ao nosso lado caso isto avance. Obviamente que não garantiu que não irá acontecer, acredita que não irá e portanto isto foi um sinal claro, inclusive ao Governo de que este não é o caminho. Temos que potencializar as nossas serras, criar mais valias, mas nunca através de um programa de exploração mineira”, afirmou.
Para o Movimento “Mulheres à Serra”, a luta contra a mineração na Serra d’Arga está longe de chegar ao fim e só param quando o programa terminar. “Até lá não desistimos”, garantiu.