O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República voltou a
questionar o governo sobre o encerramento de fronteiras e as consequências
que esta medida está a ter na região do Alto Minho.
Na base do ofício dirigido ao Ministério da Administração Interna está um
conjunto de denúncias e insatisfações com esta situação, designadamente as
longas filas verificadas no ponto de passagem Valença-Tui, no qual a
fila para entrar em Portugal atingiu vários de quilómetros (dezenas de
quilómetros, de acordo com informação que chegou ao Grupo Parlamentar do
PCP), sendo que a passagem pelo controlo do SEF demorou uma média de duas
horas.
Ainda de acordo com situações concretas que chegaram ao Grupo Parlamentar
do PCP, houve trabalhadores que esperaram hora e meia na fila, não
conseguindo cumprir o seu horário de trabalho, havendo mesmo situações
referidas de duas horas e meia de fila.
Segundo o PCP “esta situação causa profundos prejuízos à região do Alto Minho e gera
situações insustentáveis para os trabalhadores portugueses que têm que
atravessar a fronteira para trabalhar, mas também para os micro, pequenos e
médios empresários da região”.
Recorde-se que o PCP tem insistido com a necessidade do governo definir
medidas e apoios para retomar a actividade económica em segurança, bem como
apoios a todos os atingidos pela epidemia.