Caso os Governos de Portugal e de Espanha não se pronunciem sobre os contornos burocráticos subjacentes à não admissibilidade da candidatura ‘VISIT Rio Minho’, a CIM Alto Minho e a Deputación de Pontevedra admitem recorrer a Bruxelas para defender o conceito de cooperação transfronteiriça. Esta posição conjunta foi anunciada, em conferência de imprensa, em Valença.
“Estamos insatisfeitos com o processo de análise da candidatura apresentada ao Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriço Espanha – Portugal (POCTEP). Iremos até Bruxelas se a questão não for resolvida na base do bom senso”, afirmou o presidente da CIM do Alto Minho, José Maria Costa.
O responsável reclamou aos Governos de Portugal e Espanha “a máxima urgência na resolução das questões processuais relacionadas com a aprovação da candidatura “Visit Rio Minho”, até 8 de março”.
Em causa está um investimento de 7,5 milhões de euros a aplicar até 2019 nas potencialidades daquele rio internacional.
Aquela candidatura conjunta, apresentada em janeiro de 2016 pela Uniminho, associação transfronteiriça constituída por 15 municípios portugueses e galegos, resultou do trabalho desenvolvido no âmbito do Pacto do Rio Minho Transfronteiriço assinado em 10 de março de 2015.
O investimento incluído na candidatura “Visit Rio Minho” será aplicado “na preservação e valorização do rio Minho transfronteiriço, como destino ecoturístico de excelência” e assenta no conceito “dois países, um destino”.